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Nova carteira de criptomoedas troca senha de acesso por login no Twitter

Projeto busca simplificar o uso de carteiras para a prática de autocustódia com o objetivo de facilitar a adoção desse recurso

Projeto de carteira digital quer facilitar autocustódia de criptomoedas (alengo/Getty Images)

Projeto de carteira digital quer facilitar autocustódia de criptomoedas (alengo/Getty Images)

Cointelegraph
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Agência de notícias

Publicado em 28 de julho de 2023 às 11h16.

Última atualização em 28 de julho de 2023 às 18h01.

Uma nova carteira de criptomoedas lançada na rede blockchain Optimism permite que os usuários gerem um endereço sem criação de frases-semente - espécie de senha de acesso. Em seu lugar, a conta pode ser salva usando um login comum no Twitter.

Chamada de "Beam", a carteira é executada em uma  guia do navegador e não requer downloads, de acordo com um anúncio divulgado na última quinta-feira, 27, pelo desenvolvedor da solução. Ela também permite que os usuários efetuem transações na Optimism mesmo sem possuir ether para pagar as taxas de transação.

Andy Bromberg, desenvolvedor do projeto, diz que ele é a "a primeira carteira de pagamentos de autocustódia criada para o público em geral – não é necessário fazer download ou registro. A Beam é a maneira mais fácil do planeta de enviar dinheiro a qualquer pessoa".

A Beam foi desenvolvida pela Eco, uma empresa de pagamentos que recebeu financiamento de fundos de capital de risco como Andreessen Horowitz, Coinbase Ventures, Founders Fund, Lightspeed Venture Partners e Pantera Capital.

Para criar uma carteira, o usuário deve entrar no site do aplicativo para gerar um QR code exclusivo que representa um endereço na Optimism. Depois disso, os usuários podem exibir seu código para quem quiser lhes enviar criptomoedas. Eles também podem clicar no código para copiar o endereço, de modo que as transferências possam ser enviadas por e-mail ou aplicativos de mensagens instantâneas. O aplicativo pode ser acessado de um computador ou dispositivo móvel.

Para fazer o backup de suas carteiras, os usuários devem clicar em "salvar acesso" e entrar no Twitter por meio de sua interface de programação de aplicativos. Em seguida, eles clicam em "salvar acesso" uma segunda vez e são solicitados a fornecer uma nova senha. Depois de enviar a senha, o backup da conta é concluído e o usuário pode recuperar sua conta através de seu login e senha do Twitter se o acesso ao dispositivo não estiver funcionando.

Em uma conversa com o Cointelegraph, Andy Bromberg, explicou que o aplicativo usa o Web3Auth para fazer o backup das contas. O Web3Auth é uma nova tecnologia para carteiras de autocustódia que permite a criação de endereços sem a geração das já conhecidas frases-semente.

Bromberg disse que a senha serve como um fragmento de backup para o Web3Auth, o que significa que nenhuma informação dela é armazenada em um servidor centralizado, o que implica que nem o Twitter nem a Eco podem fazer transferências não autorizadas em nome de um usuário.

Simplificação de processos

Embora a moeda nativa da Optimism seja o ether, o Beam não exige que os usuários possuam o ativo para pagar as taxas ao efetuar transações. As taxas podem ser pagas com a moeda usada na transferência. Por exemplo, um usuário pode enviar US$ 100 em USDC, pagando uma taxa de US$ 0,50 em USDC.

Para que isso seja possível, a carteira transmite duas transações separadas. A primeira transação é a que o usuário solicitou, enquanto a segunda transação é uma promessa de pagamento a uma conta de terceiros que vai pagar a taxa para o usuário.

No exemplo acima, usando USDC, recairá sobre o pagador o custo de US$ 0,50 ou menos da taxa em ether do usuário que está realizando a transação. Na prática, o usuário estará pagando US$ 0,50 em USDC ao pagador. Bromberg disse que esses intermediários de pagamento não podem cobrar taxas mais altas do que o usuário autorizar, pois o valor da taxa está embutido na assinatura usada para validar a transação.

De acordo com o executivo, o uso de intermediários de pagamento só se tornou possível depois que um sistema de abstração de contas foi implementada em março, permitindo que as contas de carteira controladas pelo usuário contivessem um código executável pela primeira vez.

A Beam também será lançada no blockchain Base, da corretora de criptomoedas Coinbase, quando ela entrar oficialmente em operação em agosto. Devido a esse recurso, Bromberg se referiu à Beam como uma carteira "Superchain", o que significa que ela vai conseguir interagir em todo o ecossistema que está sendo desenvolvido pela Optimism.

Bromberg acredita que a Beam vai incrementar a experiência dos usuários com carteiras de criptomoedas, permitindo que mais pessoas comuns adotem a tecnologia: "Nós abstraímos cadeias, endereços e taxas, tudo isso para que as pessoas normais possam usar a Beam. Estou no mundo das criptomoedas há 10 anos, e este é o primeiro produto de autocustódia que meus pais conseguiram usar. Eu já tentei muitas vezes antes, e só agora isso aconteceu. Portanto, estamos entusiasmados".

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