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Nova alta de criptomoedas mira "preço médio" e deve continuar, dizem analistas

Relatório da consultoria Bernstein observa que o setor não registrou dois anos seguidos de queda até hoje

 (FroYo_92/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 23 de janeiro de 2023 às 14h33.

Última atualização em 23 de janeiro de 2023 às 14h49.

Analistas do Bernstein, uma das maiores consultorias internacionais no mercado financeiro, descreveram o recente movimento de alta das criptomoedas nos últimos dias como um retorno para seus "preços médios". O relatório se referiu a um fenômeno já conhecido no mundo dos investimentos e que também ocorre com outros tipos de ativos.

O comportamento é chamado de mean reversion, algo como "reversão à média" numa tradução livre, e é uma teoria de que os preços dos ativos tendem a se reverter no longo prazo ao que seria uma média histórica de cotação.

Nos últimos dias, as criptomoedas iniciaram um forte movimento de recuperação. O bitcoin, por exemplo, valorizou mais de 35%, segundo dados do site CoinMarketCap, mas outros ativos tiveram altas ainda maiores, superando a casa dos 100%, ou seja, dobrando de valor de mercado.

Os analistas do Bernstein acreditam que o setor ainda tem espaço para valorizar mais dentro dessa reversão para a média, aconselhando cuidado para os investidores que estão pessimistas em relação aos preços atuais e podem acabar não aproveitando oportunidades de compra.

Além disso, o relatório destaca que o setor de criptomoedas nunca teve dois anos consecutivos de queda na sua história. Como 2022 foi marcado por fortes recuos com a chegada de mais um "inverno cripto" — caso do bitcoin, que caiu mais de 60% —, o ano de 2023 tenderia a ser de recuperação.

Na visão dos analistas, o potencial de notícias negativas sobre empresas do setor, como as falidas FTX e Genesis, afetar as cotações liquidez dos ativos "retrocedeu", concentrando-se agora em ativos ilíquidos, com muitos recursos controlados ou ligados a essas companhias.

O relatório afirma que "os mercados públicos de criptomoedas parecem estar sentindo algum nível de alívio em relação às narrativas forçadas incentivando a venda desses ativos".

Mesmo assim, o Bernstein acredita que é improvável que a valorização atual represente um movimento de alta sustentado, já que ele está mais ligado a um "capital interno de criptos (stablecoins marginalizadas) sendo despejado. Ainda não vimos nenhuma nova alocação de capital para sustentar esse rali".

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