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'Não existe nenhuma criptomoeda segura', afirma autoridade da União Europeia

Diretora da Autoridade Europeia de Valores Mobiliários e dos Mercados fez alerta sobre riscos envolvendo ativos digitais

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 10 de abril de 2025 às 16h03.

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Natasha Cazenave, diretora-executiva da Autoridade Europeia de Valores Mobiliários e dos Mercados (ESMA), fez um novo alerta na última terça-feira, 8, sobre as criptomoedas. Para a líder da autoridade financeira da União Europeia, "não existe nenhuma criptomoeda segura" no mercado atualmente.

Durante um discurso para um comitê do Parlamento Europeu, Cazenave reconheceu o expressivo crescimento do mercado cripto nos últimos anos e marcos regulatórios importantes, incluindo na União Europeia. Entretanto, ela acredita que o setor ainda tem riscos elevados.

"Nós queremos deixar claro que, apesar da regulação, nunca vai existir algo como uma criptomoeda segura. Os criptoativos são altamente especulativos, com preços sujeitos a flutuações extremas e abruptas", disse a executiva. Ela reforçou o seu ponto citando movimentos recentes no setor.

Cazenave disse que "depois de uma forte alta em 2024, as criptomoedas perderam mais de 20% de valor durante o primeiro trimestre de 2025 em meio a uma deterioração das condições macroeconômicas, além de uma mudança no sentimento de investidores e o ataque hacker contra a corretora Bybit".

A executiva não citou que todo o mercado financeiro, e não apenas o de criptoativos, também passou por um movimento semelhante no mesmo período, refletindo o fim da euforia de investidores com o governo de Donald Trump e uma piora nas expectativas macroeconômicas.

A diretora da ESMA também reforçou a visão de que as criptomoedas representam um risco para a estabilidade financeira europeia. Ela afirmou que os riscos estão crescendo, mas que ainda não são "significativos" devido ao tamanho pequeno do setor na comparação com todo o mercado financeiro.

"Criptoativos não são amplamente utilizados em serviços financeiros críticos, incluindo pagamentos. A exposição das instituições financeiras a criptoativos permanece pequena globalmente. A grande maioria dos bancos da UE – mais de 95% – não se envolve em atividades com criptomoedas", pontuou.

Por outro lado, ela ressaltou que a exposição dos investidores a criptomoedas está crescendo. Cazenave disse ainda que as stablecoins - criptomoedas pareadas a outros ativos - também "demanda atenção", com potencial para uma desestabilização financeira maior.

"Os mercados de criptoativos evoluem rapidamente, de forma muitas vezes imprevisível, e precisamos acompanhar de perto esses desenvolvimentos", defendeu.

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