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Nada de bitcoins, a bola da vez são as altcoins

Criptomoedas alternativas ao bitcoin têm ganhado os holofotes pela alta valorização dos últimos dias, mas será que elas valem a pena?

 (Reprodução/Reprodução)

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Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 14 de dezembro de 2024 às 10h00.

Última atualização em 16 de dezembro de 2024 às 14h03.

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Por Tasso Lago*

Desde a vitória de Donald Trump, que ao longo da campanha para a presidência dos Estados Unidos se mostrou um grande entusiasta das criptomoedas, até a última semana o bitcoin chegou a avançar 34%, superando o patamar dos US$ 100 mil.

Não à toa, o movimento de investidores interessados por ingressar no mercado de criptomoedas e abocanhar uma fatia desse lucro só cresceu, e, claro, as altcoins - que são todas as moedas que não são bitcoins - também ganharam espaço.

Em alguns momentos, enquanto o bitcoin registrava pouca variação, as altcoins roubaram os holofotes do noticiário e dispararam - algumas saltaram até 50% em um mesmo dia.

Mas o que explica essa diferença? Aqui vale voltar um pouco no passado. O bitcoin existe desde 2009 e foi a primeira criptomoeda criada. Já as altcoins são todas as moedas alternativas que surgiram depois. Enquanto o bitcoin (que já se encontra em fase de consolidação) é um ativo de US$ 2 trilhões de capitalização, as altcoins valem muito menos: não passam da casa dos bilhões de dólares. Com uma liquidez menor, as moedas mais novas estão propensas a realização de grandes lucros ou grandes perdas.

É a mesma lógica das ações. Não é raro ver uma small cap (ações menos negociadas na bolsa) disparar ou despencar 10% ou 15% num mesmo dia.

Mas mesmo com essa volatilidade toda das altcoins, será que vale a pena o investimento?

Eu diria que sim. Além da diversificação que essas moedas trazem, a estimativa é de um retorno significativamente maior. Enquanto minhas projeções indicam que o bitcoin pode atingir os US$ 150 mil - o que representaria um lucro médio de até 50% - as altcoins podem gerar ganhos iniciais de 500% a 1.000%.

Em contrapartida, vale lembrar que a alta volatilidade serve para o bem ou para o mal. Se diante de uma valorização, o investidor pode obter lucros estratosféricos, em um momento de queda o tombo também terá a mesma magnitude.

Nesse ponto, é importante frisar que conhecimento prévio neste mercado é primordial. Na prática, as altcoins são projetos e cada uma delas representa uma empresa de tecnologia que tem funções e setores específicos.

Algumas das altcoins mais conhecidas hoje são: Ethereum, Cardano, Dogecoin, Ripple e a Solana.

Recomendo sempre aos investidores que só negociem moedas que estejam dentro das plataformas de grandes corretoras, como a Mercado Bitcoin (presente no Brasil) ou de gigantes estrangeiras, como Bybit e Binance.

Minha sugestão é passar longe das corretoras descentralizadas, as chamadas DEX (exchange descentralizada). Na modalidade, os investidores podem vender os ativos entre si de forma automática. A atividade pode ser feita por qualquer pessoa, o que acarreta uma série de riscos, em especial fraudes.

Além disso, o investidor conservador não deve alocar mais de 5% do seu patrimônio nesse tipo de ativo - seja o bitcoin ou as altcoins.

Daqui para frente, com a maior economia do mundo voltada para o mercado de criptomoedas, o tema deve ganhar ainda mais espaço no dia a dia dos investidores.

Para quem vai dar o primeiro passo no mundo das criptos, não existe uma receita pronta, mas os ingredientes são os mesmos que valem para qualquer investimento: cautela, equilíbrio e diversificação.

*Tasso Lago é especialista em criptomoedas e fundador da Financial Move.

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