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Muitos vão desejar ter entrado no Drex assim como no início do bitcoin, diz executivo da Elo

Drex é “momento único” na história do sistema financeiro brasileiro e muitos podem se arrepender assim como investidores gostariam e ter comprado bitcoin quando a criptomoeda valia poucos dólares

 (Reprodução/Reprodução)

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Mariana Maria Silva
Mariana Maria Silva

Repórter do Future of Money

Publicado em 26 de fevereiro de 2024 às 16h24.

Última atualização em 27 de fevereiro de 2024 às 13h28.

O Drex, a futura moeda digital brasileira, está chamando a atenção de grandes empresas brasileiras e internacionais. Entre bancos, gigantes da tecnologia e startups, a maioria quer garantir o seu lugar ao sol no projeto que atualmente é comandado pelo Banco Central do Brasil (BC) e está em fase de testes piloto com nomes como Microsoft, BTG Pactual, Itaú, entre outros.

A moeda digital de banco central (CBDC, na sigla em inglês) brasileira promete trazer melhorias para além do fenômeno do Pix ao utilizar a tecnologia blockchain para facilitar transações e tem lançamento previsto para o final deste ano.

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De acordo com Gabriel Queiroz, gerente de inovação na Elo, o Drex é um “momento único” para o sistema financeiro brasileiro. Assim como muitos investidores atualmente se arrependem de não ter investido no bitcoin no começo, quando a criptomoeda custava apenas dezenas de dólares, o Drex pode despertar um arrependimento similar no futuro. Atualmente, o bitcoin já subiu mais de 550 mil vezes e é cotado a US$ 54 mil.

“A dica é acompanhar o que está acontecendo o tempo todo. Estamos passando por um momento muito único da história do sistema financeiro brasileiro. Da mesma forma que muitos gostariam de comprar um bitcoin lá atrás quando valia dezenas de dólares, hoje estamos participando de um projeto que pode mudar a estrutura financeira do país. Não sei se em termos de lucro como o bitcoin, mas vai democratizar as oportunidades de acesso ao sistema financeiro”, disse Queiroz em sua participação no painel “Explorando os benefícios do Drex para aplicações com casos de uso atuais, reais e globais” do evento “Drex & Beyond” organizado nesta segunda-feira, 26, pela Microsoft e a Hamsa em São Paulo.

A Elo é uma das empresas que participa dos testes piloto do Drex em conjunto com o BC em um consórcio com a Microsoft e a Caixa. Para Gabriel Queiroz, o Drex deve trazer uma série de novos modelos de negócio para as empresas que atuam no Brasil.

“O Drex nasceu para fomentar a criação de novos modelos de negócio e temos vislumbrado várias oportunidades dentro da Elo. Além disso entendemos que é o momento de fazer isso. Temos olhado para vários pontos diferentes e até alguns que saiam um pouco do nosso foco que é o arranjo de pagamentos”, disse ele em discussão com executivos do Bradesco e Caixa.

“Discutimos muito no ano passado a possibilidade de criar carteiras digitais descentralizadas. Sempre vai ter espaço para discutir novos modelos de negócio, principalmente quando somos uma empresa de tecnologia que sempre vai tentar facilitar operações e processos de pagamentos no brasil e no mundo. Hoje no ambiente que a gente tem que tem um órgão regulador estimulando a criação de novos modelos de negócio, temos muitas oportunidades na mão e vários parceiros, trabalhamos muito próximos do ecossistema de startups e temos vários temas em aberto que achamos que são promissores”, acrescentou Queiroz.

O Bradesco, representado no painel por George Marcel Smetana, está “de portas abertas para propostas com o Drex” e aposta em casos de uso como o empréstimo com garantia facilitado pelo uso da tecnologia blockchain e alinhado com conceitos de finanças descentralizadas (DeFi).

Já Rafael Dias, da Caixa, acredita que o Drex também deve favorecer os pequenos empresários e trazer inclusão social para os desbancarizados.

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