Bitcoin já passou por 15 movimentos de queda desde sua criação em 2009 (Mario Tama/Getty Images)
Coindesk
Publicado em 31 de janeiro de 2022 às 12h57.
A queda de 50% no preço do bitcoin em relação ao seu recorde de novembro não é surpreendente e a correção estaria dentro dos padrões históricos, disse o Morgan Stanley em uma nota de research intitulada “O estado do mercado em queda”.
Estimar o valor justo das criptomoedas é difícil, pois elas são negociadas de maneira especulativa, incentivada pela grande disponibilidade de dólares norte-americanos e liquidez gerada pelo banco central dos EUA, escreveu a head de research em criptomoedas do banco, Sheena Shah, no relatório publicado na semana passada.
Se o bitcoin for negociado abaixo de 28 mil dólares, o mercado pode esperar ainda mais fraqueza, já que isso está próximo das mínimas do ano passado. No lado positivo, o nível dos 45 mil dólares é um nível a ser observado, porque isso sugere que a recente tendência de baixa poderia estar mudando, segundo o relatório.
O banco observa que o bitcoin teve 15 movimentos de baixa desde sua criação em 2009, e a correção vista nos últimos meses está dentro do alcance do que aconteceu antes.
“Até que o bitcoin seja comumente usado como moeda para transações de bens e serviços (no mundo cripto ou não), é difícil avaliar o bitcoin em sua demanda fundamental além da especulação de ativos”, afirmou o Morgan Stanley.
O relatório ainda afirma que os investidores em cripto podem precisar ter paciência se estivermos no meio de uma correção de mercado mais arriscada, disse o banco. Além disso, a alavancagem precisaria aumentar no mercado cripto para que uma tendência de alta começasse, já que a liquidez promovida pelo Fed começará a ser removida gradualmente.
Regulação, tokens não-fungíveis (NFTs) e a emissão de stablecoins são áreas a serem observadas nos próximos meses, de acordo com a nota.
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