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Moody's diz que tokenização tem "potencial de mercado intocado" para investimentos

Agência de classificação de risco destacou que adoção de fundos tokenizados de investimento está avançando ao redor do mundo

Tokenização se tornou tendência em bancos tradicionais (Reprodução/Reprodução)

Tokenização se tornou tendência em bancos tradicionais (Reprodução/Reprodução)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 15 de janeiro de 2024 às 16h45.

A agência de classificação de risco Moody's divulgou um relatório nesta segunda-feira, 15, em que afirma que a tokenização possui um "potencial de mercado intocado", mas que começa a ser explorado no mundo das finanças, em especial com o avanço de fundos tokenizados de investimento ao redor do mundo.

No relatório, analistas da empresa explicam que os fundos tokenizados usam a mesma tecnologia por trás dos criptoativos, a tecnologia de registro distribuído (DLT, na sigla em inglês). Na prática, a tokenização representa o registro de um ativo em uma rede blockchain.

Na visão da Moody's, esse processo tem chamado a atenção do mercado em meio a uma busca por aumento de liquidez, eficiência e transparência, áreas em que a tecnologia blockchain tem mostrado potencial.

Até o momento, o avanço da tokenização no mercado tem se concentrado nos títulos de governos, mas há potencial para avançar em outros tipos de produtos de investimento, segundo a equipe de ativos digitais e finanças descentralizadas (DeFi, na sigla em inglês) da agência.

"As aplicações potenciais dos fundos tokenizados vão além do simples aumento da liquidez dos ativos. Estes fundos têm uma variedade de outras funções possíveis, incluindo servir como garantia", ressalta a Moody's.

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Avanço da tokenização

Ao mesmo tempo, os analistas ponderam que o processo de tokenização ainda exige um alto conhecimento técnico, além de problemas em torno dos próprios ativos que são tokenizados e do gerenciamento desses produtos. Além disso, as DLTs também possuem riscos que são "repassados" para os ativos tokenizados.

"As entidades envolvidas no lado tecnológico [da tokenização] têm frequentemente um histórico limitado, aumentando o risco de que, em caso de falência ou falha tecnológica, os pagamentos possam ser interrompidos", afirmam os analistas.

Entretanto, esses riscos não têm sido suficientes para impedir uma expansão do processo. Entre os casos de uso bem-sucedidos, os analistas citam projetos da Franklin Templeton, do UBS e do Goldman Sachs.

Na projeção do relatório, a emissão de fundos tokenizados por empresas cresceu para US$ 800 milhões em blockchains públicos registrados até o final de 2023 contra os US$ 100 milhões registrados no início do último ano.

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