Bitcoin disparou mais de 60% nos primeiros meses de 2024 (Foto/Reprodução)
Redação Exame
Publicado em 12 de abril de 2024 às 16h50.
Última atualização em 15 de abril de 2024 às 11h41.
A dificuldade de mineração do bitcoin atingiu na última quarta-feira, 10, o maior nível já registrado em toda a história da criptomoeda. A nova alta ocorre enquanto o mercado aguarda a ocorrência do halving do ativo, que está previsto para ser concretizado ainda em abril deste ano.
Dados da plataforma Mempool.Space apontam que o nível de dificuldade na mineração da criptomoeda chegou a 86,3 trilhões de pontos, se mantendo estável nesse nível até a última quinta-feira, 11. O recorde anterior havia sido registrado em 27 de março, com 83,3 trilhões de pontos.
O nível de dificuldade de mineração do bitcoin vem subindo nos últimos anos, mas também alterna entre quedas ou estabilidade antes de novas altas. A última queda ocorreu logo após o recorde de março, com alguns dias de estabilidade seguidos pelo novo crescimento em abril.
Na prática, o aumento de dificuldade de mineração ocorre quando há uma grande quantidade de mineradores competindo para conseguir minerar um bloco na rede blockchain. A competição acontece devido às recompensas recebidas pela conclusão da mineração, que envolve um valor fixo por bloco e as taxas pagas pelos usuários que querem registrar suas operações.
Atualmente, a recompensa fixa por bloco é de 6,25 unidades de bitcoin. Entretanto, esse número cairá pela metade após o halving, previsto no momento para o dia 20 de abril. A perspectiva de queda pode estar incentivando os mineradores a intensificarem esforços para validar blocos e receber as recompensas antes da redução, levando a uma dificuldade maior.
Dados da companhia Wintermute divulgados nesta semana também revelaram uma aparente mudança de comportamento entre os mineradores da criptomoeda. As reservas desse segmento no próprio ativo vêm caindo nos últimos meses, chegando ao nível mais baixo desde 2021 em meio a vendas por parte dos mineradores.
Segundo a Wintermute, o movimento contrastou com a estratégia adotada no halving anterior, de 2020: nos meses anteriores ao evento, os mineradores acumularam, e não venderam, 25 mil unidades de bitcoin. Para a empresa, a mudança ocorreu devido à disparada do preço da criptomoeda antes do halving, resultado do bom desempenho dos novos ETFs de bitcoin nos Estados Unidos.
A visão da empresa é que a disparada abriu margem para os mineradores realizarem lucros antes do halving. Ao mesmo tempo, ela pontua que a chamada taxa de hash da rede da criptomoeda seguem em crescimento consistente, indicando que os mineradores estão atualizando equipamentos ou ampliando suas operações para "mitigar os impactos do halving em suas receitas".
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