Repórter do Future of Money
Publicado em 3 de janeiro de 2025 às 11h30.
Última atualização em 3 de janeiro de 2025 às 13h19.
Nem o recesso de fim de ano foi suficiente para parar a MicroStrategy. A empresa anunciou na última segunda-feira, 30, que realizou uma nova compra de unidades de bitcoin, ampliando ainda mais suas reservas do ativo e mantendo sua posição como maior detentora institucional da criptomoeda.
Em um comunicado, a companhia informou que realizou uma aquisição de 2,1 mil unidades da criptomoeda, com um preço médio de aquisição de US$ 97.837. A compra foi a oitava semanal seguida e expandiu as reservas para um total de 446,4 mil unidades do ativo.
Considerando a cotação atual do bitcoin, as reservas equivalem a cerca de US$ 41 bilhões, com a cifra variando dependendo dos movimentos de alta e queda da criptomoeda. As compras tiveram início em 2020, mas ganharam mais força ao longo de 2024.
Na última aquisição do ano passado, a MicroStrategy teve um gasto de cerca de US$ 209 milhões, um dos menores valores gastos em 2024. Ao todo, a companhia desembolsou mais de US$ 27,9 bilhões com as aquisições ao longo dos últimos quatro anos.
Com isso, o lucro da MicroStrategy com suas reservas de bitcoin está na casa dos US$ 14 bilhões. A última sequência de compras semanais resultou em um salto no preço médio por unidade adquirida, que chegou aos US$ 62 mil, refletindo a forte alta do ativo no mesmo período.
A estratégia da MicroStrategy com as compras é usar a criptomoeda como uma reserva de valor. Ao mesmo tempo, ela também tem atraído investidores ao se tornar uma espécie de canal indireto de investimentos no ativo, levando suas ações a uma nova máxima histórica em 2024.
A MicroStrategy anunciou no ano passado que busca se tornar um "banco de bitcoin", intensificando projetos ligados à criptomoeda. Por outro lado, sua estratégia de aquisições, que envolve a emissão de títulos de dívida, começou a gerar preocupações em parte do mercado.
Mesmo assim, a empresa não deu sinais de que pretende encerrar as compras. Em uma entrevista recente à CNBC, o atual presidente do conselho da companhia, Michael Saylor, disse que a empresa vai "continuar comprando o bitcoin na máxima para sempre".