Repórter do Future of Money
Publicado em 23 de dezembro de 2024 às 16h45.
A MicroStrategy anunciou nesta segunda-feira, 23, que realizou uma nova aquisição de unidades de bitcoin. Com isso, a empresa ultrapassou a marca de 440 mil unidades adquiridas, batendo um novo recorde enquanto se consolida como a maior detentora institucional da criptomoeda.
O anúncio sobre a compra foi realizada pelo presidente do conselho da empresa, Michael Saylor, em uma publicação no X, antigo Twitter. Saylor foi o responsável por criar a estratégia da companhia de investimentos na criptomoeda e é um dos grandes defensores do ativo.
Segundo o executivo, foram compradas 5,2 mil unidades de bitcoin por US$ 561 milhões (R$ 3,47 bilhões, na cotação atual) e com um preço médio por unidade de US$ 106,6 mil. Com a nova aquisição, a MicroStrategy soma agora 444.262 unidades de bitcoin em suas reservas.
Ao todo, a empresa desembolsou US$ 27,7 bilhões com todas as compras desde o início da operação, com um preço médio de US$ 62,2 mil por unidade. Considerando o preço atual da criptomoeda, acima dos US$ 90 mil, estima-se que os lucros estejam na casa dos US$ 20 bilhões.
Com a nova compra, a empresa chegou à sétima semana consecutiva de aquisições, mas com um montante menor que o anunciado na semana passada, quando informou a compra de pouco mais de 15 mil unidades logo depois de ser incluída no índice Nasdaq 100.
Por outro lado, a MicroStrategy decidiu manter os investimentos em bitcoin mesmo com a forte valorização do ativo em 2024. Com isso, o preço médio de aquisição saltou quase 50% em dois meses, refletindo os custos crescentes devido ao atual ciclo de alta da criptomoeda.
A MicroStrategy já havia anunciado que pretendia reunir US$ 42 bilhões para comprar novas unidades do ativo. Desse total, US$ 21 bilhões seriam obtidos por meio de emissões de ações, e outros US$ 21 bilhões por meio de emissão de notas conversíveis de dívida.
A estratégia da companhia tem sido positiva ao atrair mais investimentos para a MicroStrategy, que viu suas ações dispararem mais de 500% em 2024. Ao mesmo tempo, ela começa a gerar preocupação entre alguns analistas, que apontam riscos no processo de emissão de títulos de dívida. Mesmo assim, a empresa não dá sinais de que pretende parar com as emissões e compras.