Repórter do Future of Money
Publicado em 22 de outubro de 2024 às 15h35.
Última atualização em 22 de outubro de 2024 às 16h48.
O executivo Michael Saylor, um dos fundadores e atual presidente do conselho da MicroStrategy, é conhecido por ser um dos maiores defensores do bitcoin. E, nesta semana, ele deu mais uma declaração sobre a criptomoeda que chamou a atenção do mercado, afirmando que vai deixar seus ativos "para a humanidade".
Saylor falou sobre seu objetivo em uma entrevista com o jornal The New Zealand Herald. Perguntado sobre o destino da fortuna na criptomoeda que possui, ele destacou que não pretende deixar o valor para nenhum herdeiro específico, citando Satoshi Nakamoto como exemplo.
"Eu sou um cara solteiro, eu não tenho filhos. Quando eu morrer, eu vou sumir. Assim como o Satoshi Nakamoto deixou 1 milhão de bitcoins para o universo, eu vou deixar o que eu tiver para a humanidade", comentou o executivo da MicroStrategy, sem dar mais detalhes sobre seu plano.
A afirmação chamou a atenção porque Satoshi Nakamoto, o misterioso criador da criptomoeda, não compartilhou exatamente suas unidades do ativo com alguém. Na verdade, as unidades da moeda seguem armazenadas e intocadas em uma carteira digital, sem possibilidade de acesso.
Caso Saylor siga o caminho de Nakamoto, na prática ele estaria retirando as unidades de bitcoin do mercado. Durante a entrevista, ele também reforçou sua visão de que o bitcoin é o "futuro da economia", com um potencial impacto semelhante ao da eletricidade ou do aço.
Na visão dele, a critpomoeda oferece uma fundação para a nova economia, se configurando como um "dinheiro limpo, silencioso, programável e imortal". "Se você quer que sua família, empresa, pensão durem para sempre, você precisa capitalizá-los com um ativo que não se degrade."
Michael Saylor foi o grande responsável por criar a estratégia de aquisições de bitcoin pela MicroStrategy como uma reserva de valor. Desde então, a companhia acumulou mais de R$ 90 bilhões no ativo. Já Saylor possui mais de R$ 6 bilhões na criptomoeda, segundo a revista Forbes.