Carteira cripto MetaMask é a ferramenta mais popular da ConsenSys e já soma 21 milhões de usuários ativos mensais (Bloomberg/Getty Images)
Na tarde da quinta-feira, 3, usuários da MetaMask e da Infura, ambas da ConsenSys, relataram problemas em se conectar com as plataformas em algumas regiões. A falha, que já foi resolvida, foi causada devido a um erro nas configurações que bloqueiam o serviço em alguns territórios. A princípio, somente a Rússia seria banida, após as sanções do governo americano, mas, na prática, outros países como a Venezuela também foram afetados.
A Infura provê aos desenvolvedores ferramentas e infraestrutura para levar aplicações no blockchain da fase de testes até a escalabilidade.
O perfil da empresa no Twitter afirmou: “Mudando algumas configurações como resultado nas novas sanções derivadas dos Estados Unidos e outras jurisdições, nós sem querer as configuramos para serem mais abrangentes do que o necessário. Foi uma falha nossa, e ficamos gratos a todos que nos avisaram. Assim que descobrimos o que aconteceu, consertamos o problema e o serviço voltou ao ar”.
In response to the concerns we have been hearing, we want everyone to know that we corrected the problem that so many of you have pointed out. In changing some configurations as a result of the new sanctions directives from the United States and other jurisdictions, we
— Infura (@infura_io) March 3, 2022
A MetaMask é uma carteira virtual, com interface intuitiva, usada para se conectar com a rede Ethereum, podendo ser usada também para interagir com aplicações DeFi. Segundo um tuíte feito nessa tarde pelo perfil oficial, “A MetaMask usa a Infura como elemento final nas transações por padrão, mas isso pode ser trocado pelos usuários caso desejem, ou no caso de alguma interrupção no serviço”.
Mesmo após a resolução da falha, muitos usuários foram às redes protestar contra o desligamento do serviço na Rússia. Por ser uma carteira descentralizada, a MetaMask, em tese, não poderia ser controlada por um centralizador, nesse caso, o governo americano.
O problema, no entanto, pode ser maior do que isso. Segundo comunicado para a imprensa, um processo movido por 35 acionistas da ConsenSys — mais do que a metade do quadro — afirma que o maior banco do mundo, JPMorgan & Chase, adquiriu parte relevante nos dois negócios mais lucrativos da empresa.
De acordo com a ação, propriedade intelectual foi transferida para uma nova empresa, na qual o banco americano teria 10% de participação. Além disso, o CEO e fundador da ConsenSys, Joseph Lubin tem um empréstimo de US$ 39 milhões com a instituição. Os acusadores concluem que Lubin agiu de má-fé com os acionistas minoritários.
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