Retorno do bitcoin foi 12% superior às ações de grandes empresas de tecnologia (SEAN GLADWELL/Getty Images)
Cointelegraph Brasil
Publicado em 16 de fevereiro de 2022 às 10h28.
Última atualização em 16 de fevereiro de 2022 às 18h19.
Apesar de 2022 ter iniciado com uma forte correlação entre o bitcoin e o mercado de ações, ambos em queda diante da sugestão de que o Banco Central dos EUA voltaria a aumentar a taxa de juros para conter a escalada da inflação, nos últimos 30 dias voltou-se a verificar um descolamento do bitcoin em relação a seis ações de gigantes do setor de tecnologia, apontou a ferramenta de retorno sobre investimento (ROI) da Finbold.
Em média, a maior criptomoeda do mercado teve um retorno sobre o investimento 12% superior ao das ações da Meta, da Tesla, da Amazon, da Alphabet, da Microsoft e da Apple entre 14 de janeiro e 13 de fevereiro, apesar da volatilidade e das incertezas do mercado cripto no período.
O ROI do #bitcoin ultrapassou uma média de 12,24% das principais ações de tecnologia nos últimos 30 dias. Excedendo cada em cerca de:
📱Meta → 46,74%
🚗Tesla → 18,37%
🛍️Amazon → 3,78%
🔎Alphabet → 1,84%
🪟 Microsoft → 1,95%
🍎Apple → 0,76%— Rispar (@RisparCredito) February 14, 2022
O desempenho do bitcoin no período foi significativamente superior ao da Meta em 46,74% e bem melhor do que a da fabricante de veículos elétricos Tesla - 18,37%. O criptoativo ainda superou a Amazon em 3,78%, a Microsoft em 1,95%, a Alphabet, controladora do Google, em 1,84% e a Apple em 0,76%.
Segundo análise da Finbold, a superioridade do bitcoin sobre as maiores empresas do setor de tecnologia são um indicador de que o bitcoin poderá retomar em breve seu status como um ativo de desempenho superior quando comparado a instrumentos financeiros tradicionais. No ano passado, o bitcoin acumulou 60% de valorização contra 21% do S&P 500, por exemplo.
Apesar do bitcoin ter performado melhor do que este grupo de ações nos últimos 30 dias, a correlação entre o preço do criptoativo e o desempenho do mercado acionário não foi totalmente abolida à medida que os impactos do potencial aumento das taxas de juros e das crescentes preocupações com o descontrole inflacionário ainda estão por ser totalmente precificados pelos mercados, afirma a Finbold.
O crescimento do mercado de criptomoedas, com o surgimento de novos setores como os de NFTs (tokens não-fungíveis), jogos em blockchain e organizações autônomas descentralizadas (DAOs), tem forçado as empresas de tecnologia a integrar as moedas digitais aos seus portfólios de produtos e serviços. Isso quando não as adicionam diretamente a seus balanços comerciais, como foi o caso da Tesla no ano passado, apesar da relação de amor e ódio de Elon Musk, o CEO da Tesla, e os maximalistas do bitcoin.
Recentemente, a Microsoft abriu uma vaga para diretor de negócios com criptomoedas, para liderar o desenvolvimento da Web 3.0 na empresa. Enquanto isso, a Apple anunciou um novo recurso que permitirá aos usuários do Apple Pay utilizar a função Tap to Pay do iPhone para fazer compras em bitcoin e outras criptomoedas.
E a Meta segue investindo sem medir esforços no desenvolvimento de produtos e plataformas com foco no metaverso. Apesar dos esforços, a Meta registrou os piores retornos entre as principais ações de tecnologia nesse começo de ano.
A queda de mais de 46% das ações da companhia são um reflexo dos resultados decepcionantes da empresa no quarto trimestre de 2021, justamente depois de trocar sua marca de Facebook para Meta.
A correção foi desencadeada pela revelação de que o número de usuários do Facebook está em leve queda e a geração de receitas da gigante das redes sociais também caiu, colocando em xeque as metas da companhia de liderar a nova fase de desenvolvimento da internet que resultará no metaverso.
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