Estudo analisa transações e perfil de investidores de NFTs (SOPA Images/Getty Images)
Os tokens não fungíveis se tornaram mundialmente conhecidos em 2021 e, desde então, este mercado não para de crescer. A sigla virou o assunto de investidores e celebridades em todo o mundo, e chegou a ser eleita a “palavra do ano” pelo dicionário Collins. Agora, a empresa de análises em blockchain Chainalysis divulga um estudo inédito sobre o tema.
De acordo com um relatório da empresa, no último ano colecionadores enviaram mais de US$ 40 bilhões em criptomoedas para contratos inteligentes associados a coleções e marketplaces de NFTs. Apesar do número expressivo, é altamente provável que ele seja superado em 2022, já que mais de US$ 30 bilhões foram enviados a contratos do gênero até o dia 15 de abril.
Criptomoedas são enviadas aos contratos inteligentes de coleções e marketplaces para que seja possível emitir um NFT em lançamentos exclusivos, eventos que se tornaram bastante populares e disputados. O último de destaque foi o lançamento da Otherdeeds, coleção de escrituras para terrenos virtuais no metaverso da Bored Ape Yacht Club, que chegou a causar o congestionamento da rede Ethereum.
Ainda que 2021 tenha sido o ano do “boom dos NFTs”, dados do relatório demonstram que 2022 promete um crescimento expressivo dos números do ano anterior. Apenas no primeiro trimestre de 2022, 1 milhão de carteiras compraram ou venderam um NFT. No quarto trimestre de 2021, este número foi de 600 mil.
A grande maioria das transações foram de varejo, ou seja, de valor menor que US$ 10 mil. Em segundo lugar, ficam os colecionadores, com transações entre US$ 10 mil e US$ 100 mil, número que cresceu significativamente entre janeiro e setembro de 2021. Por fim, estão os investidores institucionais, com transações superiores a US$ 100 mil.
Ainda sobre o perfil dos investidores e o nível de adoção dos NFTs, o estudo da Chainalysis revela que embora a América do Norte e a Europa Ocidental tenham sido as primeiras regiões a adotar os NFTs de forma massiva, o público da Ásia é o que mais visita marketplaces de NFTs. Apesar disso, nenhuma região do mundo é responsável por mais de 40% deste tráfego na web, demonstrando que ainda não há um domínio deste mercado no momento.