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Menos de 10% do volume de transações com stablecoins vêm de usuários reais, aponta relatório

Levantamento realizado pela Visa aponta que a oferta total do segmento soma US$ 150 bilhões de valor de mercado

Stablecoins têm ganhado espaço no mercado (Reprodução/Reprodução)

Stablecoins têm ganhado espaço no mercado (Reprodução/Reprodução)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 6 de maio de 2024 às 16h25.

Um relatório divulgado pela Visa recentemente afirma que menos de 10% de todo volume transacionado com stablecoins tem uma origem "orgânica ou de usuários reais". O levantamento foi realizado em parceria com a Allium Labs e levou em conta os dados de abril deste ano.

De acordo com os dados da pesquisa, o mês de abril teve um total de US$ 2,2 trilhões de transações. Entretanto, a Visa afirma que apenas US$ 149 bilhões viriam de "atividades de pagamento orgânicas", resultado de uma análise que buscou descartar movimentações feitas por robôs e "investidores de larga escala".

O objetivo da pesquisa era "isolar as transações que são feitas por pessoas reais". Ainda segundo o levantamento, a oferta total de mercado das stablecoins - criptomoedas que são pareadas a outros ativos - é de US$ 150 bilhões, sendo que o mercado é dominado pelas stablecoins pareadas ao dólar USDT e USDC.

As duas possuem, respectivamente, fatias de mercado de 75% e 22%, segundo dados reunidos pela gestora Bernstein. A Visa pontua no relatório que, apesar da diferença entre o total de transações e as transações orgâncias, o uso de stablecoins em transferências tem crescido de forma constante.

No momento, o segmento de stablecoins possui cerca de 27,5 milhões de usuários mensais ativos, distribuídos em diferentes blockchains. Em uma nota sobre o relatório, o líder de cripto na Visa, Cuy Sheffield, destacou a discrepância entre os tipos de transação com esses ativos.

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"Também há muito ruído nesses dados, visto que blockchains são redes de uso geral onde stablecoins podem ser usadas em uma variedade de casos de uso com transações que podem ser iniciadas manualmente por um usuário final ou de forma automatizada por meio de bots", destacou.

Nesse sentido, uma limitação do estudo é que a quantidade de transações "inorgânicas", feitas por robôs, pode ser menor, considerando que o uso de bots pode envolver apenas a etapa final da transação, e não o seu início. Mesmo assim, a pesquisa buscou mensurar quantos "usuários genuínos" esse segmento em ascensão possui.

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