Future of Money

Mastercard lança programa para acelerar startups de cripto e blockchain

Nova edição do Start Path, que foi lançado em 2014 e já ajudou mais de 250 empresas, será exclusivo para startups ligadas aos criptoativos e à blockchain

 (SOPA Images/Getty Images)

(SOPA Images/Getty Images)

GR

Gabriel Rubinsteinn

Publicado em 27 de julho de 2021 às 16h42.

Última atualização em 27 de julho de 2021 às 16h43.

A Mastercard anunciou nesta terça-feira, 27, o lançamento de uma nova edição do seu programa de aceleração de startups, o Start Path, desta vez apenas com empresas focadas em criptoativos e blockchain.

A gigante de pagamentos já tinha incluído empresas do setor em outras edições do Start Path, mas esta é a primeira vez que cria uma versão do programa totalmente dedicada à tecnologia, que tem feito cada vez mais parte do dia a dia da empresa.

"Como uma continuação do trabalho da Mastercard com ativos digitais, sete startups se juntaram ao programa e, juntos com a empresa, vão procurar expandir e acelerar a inovação ao redor da tecnologia dos ativos digitais e tonar mais fácil e seguro para as pessoas e instituições comprar, gastar e guardar criptomoedas e ativos digitais", disse a empresa, em comunicado.

Uma das empresas selecionadas para o programa é a Mintable, de Singapura, que possui uma plataforma de negociação de tokens não-fungíveis (NFTs) na qual usuários pode criar, comprar e vender ativos digitais e físicos com o uso da tecnologia. Entre os diferenciais da plataforma, a emissão de NFTs sem taxas de rede (chamadas "gas fee") e a possibilidade de pagamento das compras com cartão de crédito.

Outra empresa é a israelense GK8, um plataforma de custódia de criptoativos capaz de criar, assinar e enviar transações em blockchain sem receber entradas da internet, eliminando quaisquer vetores de ataque cibernético em potencial.

As outras startups selecionadas são a suíça Taurus, de gestão de diferentes ativos digitais em uma plataforma única; a americana Domain Monkey, que pretende juntar os universos de investimentos digital e tradicional e facilitar o acesso para investidores de varejo; a Uphold, também dos EUA, que oferece serviços de pagamento e investimento digitais para pessoas e empresas; a STACS, de Singapura, que oferece serviços de infraestrutura de blockchain para a indústria financeira; e a suíça SupraOracles, que desenvolve oráculos para conectar o mundo real com blockchains públicas ou privadas.

Com participantes do programa de aceleração, as empresas têm acesso às ferramentas, produtos e serviços da Mastercard, além de acesso a todo o seu ecossistema de bancos, lojistas e outros parceiros para que possam dimensionar, ajustar e acelerar o desenvolvimento das suas inovações e tecnologias.

“A Mastercard está envolvida com o ecossistema dos ativos digitais desde 2015. Como um player líder em tecnologia, acreditamos que podemos desempenhar um papel importante no setor, ajudando a moldar a indústria e fornecendo proteção e segurança aos consumidores. Parte da nossa função é construir o futuro dos criptoativos e estamos fazendo isso unindo os princípios financeiros convencionais com a inovação dos ativos digitais”, disse Jess Turner, vice-presidente executiva de Infraestrutura Digital e Fintech da Mastercard.

Criado em 2014, o programa Start Path já ajudou mais de 250 startups. Em maio, numa edição anterior do Start Path, o programa aprovou a participação da startup brasileira Moeda Semente, que também utiliza a tecnologia blockchain e os criptoativos. No entanto, naquele edição do programa também foram aprovadas empresas de outros setores e mercados.

Acompanhe tudo sobre:BlockchainCriptomoedasFintechsStartups

Mais de Future of Money

ETF de bitcoin da BlackRock já é maior que os 2,8 mil ETFs lançados nos últimos 10 anos

Bilionários do bitcoin lucram R$ 46,2 bilhões em uma semana com disparada após eleição de Trump

Bitcoin pode chegar a US$ 500 mil e "está só no início", projeta gestora

FBI inspeciona casa de fundador do Polymarket e apreende celular e outros eletrônicos