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Repórter do Future of Money
Publicado em 15 de abril de 2025 às 17h11.
Depois da criptomoeda Mantra despencar mais de 90% e perder quase todo o seu valor de mercado, investidores estão à espera da solução do mistério em torno da responsabilidade pela queda do ativo. Até agora, teorias vão desde um golpe até uma venda massiva de ativos.
O colapso do ativo ocorreu entre o último domingo, 13, e a segunda-feira, 14, com a moeda digital acumulando fortes perdas em poucas horas. A perda de valor foi expressiva, e investidores acumulam prejuízos significativos, na casa dos milhões.
Inicialmente, uma hipótese defendida no mercado era que o caso seria um tradicional "rug pull", ou puxada de tapete, golpe em que os criadores de uma criptomoeda acumulam boa parte das unidades do ativo e vendem tudo de uma vez, embolsando lucros expressivos e deixando investidores no negativo.
Entretanto, os responsáveis pelo projeto negaram essa possibilidade. O CEO da Mantra, John Mullin, disse que a queda teria ocorrido por uma "liquidação inesperada" em uma corretora centralizada que pegou o projeto de surpresa, levando à forte desvalorização.
Mullin já disse que a equipe segue comprometida em continuar a Mantra, que é um blockchain voltado para a tokenização de ativos, e que pretende queimar as unidades do ativo que pertencem à equipe como forma de valorizar os tokens que sobraram com investidores.
Entretanto, a resposta não resolveu o mistério, adicionando uma nova questão: quem teria realizado a liquidação? Inicialmente, foi cogitado que a poderia ter sido feita pela Laser Digital, que é parte do grupo Nomura e investe em projetos de cripto.
A Laser Digital é uma das investidoras iniciais da Mantra e recebeu unidades da criptomoeda pela operação, mas ela mostrou as carteiras digitais com os ativos intactos. Outra opção levantada era da empresa FalconX, mas Mullin também negou a possibilidade.
Alguns investidores apontaram que a Binance também investiu no projeto e tinha uma grande quantidade de ativos e clientes com unidades da criptomoeda. Dados divulgados pela Mantra antes da queda indicavam que a carteira com mais unidades do token estava na Binance. Depois da queda, agora a carteira com mais tokens está na OKX.
A mudança reforçou a possibilidade, mas, novamente, Mullin disse em uma publicação que a responsabilidade pela queda não era da exchange. Ele prometeu divulgar na próxima quarta-feira, 16, um relatório que vai detalhar o caso, mas ainda não está clara se a identidade do responsável pelo maior colapso de 2025 será revelada.
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