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Maior processadora de pagamentos vê mudança na relação com dinheiro

No The Global Payments Report, da FIS, maior processadora de pagamentos do mundo, a empresa detalhou como a inovação financeira está mudando o panorama global

 (Leandro Fonseca/Exame)

(Leandro Fonseca/Exame)

A inclusão financeira é um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU) para 2030 e também é um dos tópicos abordados no relatório "The Global Payments Report", da FIS, maior processadora de pagamentos do mundo. Segundo a empresa, existe uma mudança em andamento na relação das pessoas com o dinheiro, "principalmente as que antes eram ignoradas pelo sistema financeiro tradicional".

“A inclusão financeira envolve esforços para tornar os produtos e serviços acessíveis e de baixo custo, eliminando barreiras que impedem a participação no setor financeiro”, afirma o texto. “Nesse quesito, a tecnologia desempenha um papel importante na superação de barreiras históricas ao sistema financeiro, trazendo novas e inovadoras formas digitais de alcançar consumidores”, completa o documento.

Apesar da pandemia ter afetado todo o mundo economicamente, o relatório nota que foi um importante catalisador para as soluções digitais de pagamento. Cerca de 60 mercados emergentes usaram algum meio de pagamento digital para fornecer auxílios emergenciais à população, como o Brasil, que com o Pix trouxe mais 70 milhões de pessoas para dentro do sistema, comenta a FIS.

Martin Boyd, presidente da FIS para soluções de fintech, disse: “Não importa a capacidade oferecida, a tecnologia precisa ser incorporada a um processo com o qual as pessoas já se sintam confortáveis, mas as permita fazer algo a mais”. Isso engloba também as barreiras que mantém essas pessoas fora do sistema, como educação, nível de crédito e localização.

O estudo também observa que a inclusão financeira vai muito além de realizar transações. Consumidores e empresas estão buscando produtos como créditos e seguros, que podem levar a construção de novos negócios, ou um investimento em educação e até um futuro financeiro mais seguro. Além disso, pode servir também como educação financeira para crianças, que aprendem desde cedo sobre a importância de poupar.

“Para os consumidores com acesso limitado ao sistema bancário que não conseguem utilizar o crédito tradicional, a tecnologia financeira ajuda a promover a inclusão oferecendo alternativas aos produtos de empréstimos predatórios”, explica o texto. “Ela também oferece ferramentas que incentivam usuários a economizar dinheiro de forma incremental, retornando uma parte pequena do valor de cada compra ou investindo na compra de ações”, complementa.

No futuro, Boyd prevê que a inclusão financeira estará presente em outros dispositivos conectados, como caixas de som e televisores, tornando mais fácil acessar e administrar seu patrimônio.

O relatório finaliza: “Ao melhorar o acesso a contas bancárias, transações, crédito ou até mesmo conteúdo de alfabetização financeira, as fintechs estão fornecendo uma ajuda vital para diminuir a disparidade de acessibilidade e alimentar oportunidades, permitindo conexões que transcendem a distância. Isso ajuda a promover um futuro sustentável, fornecendo amplo acesso às ferramentas essenciais de que indivíduos e as empresas precisam todos os dias para fortalecer a próxima fronteira de pagamentos”.

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