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Madonna, Justin Bieber e Snoop Dogg estão entre processados por promover NFTs

Ação coletiva nos EUA contra as empresas Yuga Labs e Moonpay envolve também celebridades que promoveram criptoativos

Mais de 40 pessoas e empresas foram processadas por supostamente terem promovido NFTs ilegalmente (Joseph Okpako/Getty Images)

Mais de 40 pessoas e empresas foram processadas por supostamente terem promovido NFTs ilegalmente (Joseph Okpako/Getty Images)

Cointelegraph Brasil

Cointelegraph Brasil

Publicado em 12 de dezembro de 2022 às 10h37.

Última atualização em 12 de dezembro de 2022 às 11h46.

A Yuga Labs, criadora do Bored Ape Yacht Club (BAYC) e da fintech Moonpay, está enfrentando uma ação coletiva por supostamente usar celebridades para promover e vender enganosamente tokens não-fungíveis (NFTs, na sigla em inglês).

Mais de 40 pessoas e empresas são apontadas como rés no processo, incluindo Paris Hilton, Snoop Dogg, Jimmy Fallon, Justin Bieber, Madonna, Serena Williams, Post Malone e Diplo. A ação coletiva foi movida em 8 de dezembro no Distrito Central da Califórnia, e afirma que as empresas usaram sua rede de contatos em Hollywood para promover os ativos digitais sem cumprir os requisitos legais de divulgação.

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O documento afirma que “este caso resume essas preocupações, pois envolve um vasto esquema entre uma empresa de blockchain, Yuga Labs, Inc. ('Yuga'), um agente de talentos de Hollywood altamente conectado (o réu Guy Oseary) e uma operação de fachada (MoonPay) , que se uniram com o objetivo de promover e vender um conjunto de ativos digitais".

De acordo com o processo, os executivos da Yuga Labs e da Oseary criaram um plano para alavancar uma vasta rede de músicos, atletas e clientes famosos, com o objetivo de trazer aos investidores a percepção de “entrar no clube” por meio da principal coleção de NFTs da Yuga.

“A exclusividade da associação BAYC foi inteiramente baseada na inclusão e apoio de celebridades altamente influentes. Mas esse suposto interesse e endosso aos NFTs por formadores de opinião de alto perfil foi inteiramente fabricado por Oseary a pedido dos réus executivos”, alega o processo.

Os dois acusadores no caso compraram as coleções de NFTs da Yuga Labs entre abril de 2021 até o presente. A ação coletiva também se refere a uma declaração anterior da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) sobre endossos de celebridades, alegando que “esses endossos podem ser ilegais se não divulgarem a natureza, fonte e valor de qualquer compensação paga, direta ou indiretamente, pela empresa em troca do aval.”

Um porta-voz do Yuga Labs disse que as “alegações são oportunistas e parasitárias. Acreditamos firmemente que eles não têm mérito e esperamos provar isso". A Moonpay não respondeu imediatamente aos pedidos de comentários.

A ação coletiva foi proposta pela primeira vez em julho, quando o escritório de advocacia Scott+Scott alegou que o Yuga Labs usou endossos de celebridades para "inflar o preço" dos NFTs da BAYC e do token APE, tentando identificar os investidores prejudicados.

A Yuga Labs também faz parte de uma apuração mais ampla sobre o mercado de NFTs pelos reguladores dos EUA. Os relatórios mostram que a SEC está investigando a Yuga Labs sobre se certos tokens são “mais parecidos com ações” e se sua venda viola as leis federais.

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