Future of Money

Lendário investidor Bill Miller diz ter 50% de seu patrimônio em bitcoin

O bilionário, famoso gestor de fundos de investimento, está muito otimista com o futuro da maior criptomoeda do mundo, investindo grande parte de sua carteira no ativo

Para Bill Miller, o bitcoin representa um investimento único no momento (CNBC/Getty Images)

Para Bill Miller, o bitcoin representa um investimento único no momento (CNBC/Getty Images)

Coindesk

Coindesk

Publicado em 10 de janeiro de 2022 às 18h38.

Última atualização em 10 de janeiro de 2022 às 18h46.

O bilionário Bill Miller está tão otimista em relação ao bitcoin que a criptomoeda e os investimentos ligados ao seu universo agora representam 50% de seus ativos pessoais, conforme o próprio revelou em uma entrevista ao WealthTrack na sexta-feira, 7.

Miller, que ganhou fama por bater o índice S&P 500 por um recorde de 15 anos consecutivos — de 1991 a 2005 — como gestor de fundos da Legg Mason, já investiu muito dinheiro em bitcoin nos fundos que ele administrava, mas a revelação sobre seu portfólio pessoal é novidade.

O bilionário disse que começou a comprar bitcoin quando o preço estava em torno de US$ 200 em 2014 depois de uma palestra de Wences Casares, conhecido como o “paciente zero” do bitcoin por apresentá-lo aos grupos de empresários do Vale do Silício na conferência anual de mídia e tecnologia do Sun Valley.

Ele comprou mais bitcoin ao longo do tempo, mas por anos não comprou nada até o ano passado, quando o preço atingiu novas máximas históricas e em seguida caiu de forma acentuada. Então, ele achou que era um bom momento para comprar a queda. Miller começou a comprar novamente por US$ 30 mil, valor bem abaixo da máxima histórica atual de US$ 69 mil, argumentando que havia muito mais pessoas usando, assim como empresas de venture capital e outros tipos investindo na moeda.

Miller observou que uma parte de seus investimentos pessoais em bitcoin estava em ações de empresas ligadas à criptomoeda, como a mineradora de bitcoin Stronghold Digital (SDIG) e a MicroStrategy (MSTR), que possuem bilhões de dólares em bitcoin em seu balanço.

Bill Miller disse que acha que o bitcoin é melhor pensado como um “ouro digital” de suprimento estritamente limitado, e que apenas recentemente ele se permitiu ser chamado de “otimista quanto ao bitcoin” em vez de apenas um “observador do bitcoin”, já que ele sente que agora está desenvolvido em uma tecnologia que pode mudar totalmente o jogo.

Apesar de sua própria posição, onde investe boa parte de seu patrimônio em cripto, o conselho de Miller para o investidor médio é colocar 1% de seu patrimônio líquido em bitcoin, argumentando que “se você colocar 1% de seu portfólio nele para diversificação, mesmo que vá para zero, o que eu acho altamente improvável, mas é claro que é possível, você sempre pode se dar ao luxo de perder 1%.”

Sua principal justificativa para esse conselho é que o bitcoin representa um investimento único no momento.

“Acho que o investidor médio deve se perguntar o que ele tem em seu portfólio que possui esse tipo de histórico — número 1, é muito, muito pouco difundido; pode fornecer uma espécie de seguro contra catástrofes financeiras que ninguém mais pode fornecer; e pode subir dez ou 50 vezes. A resposta é: nada”.

Texto traduzido por Mariana Maria Silva e republicado com autorização da Coindesk

Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | Twitter | YouTube | Telegram | Tik Tok

Acompanhe tudo sobre:BilionáriosBitcoinBlockchainCriptoativosCriptomoedasFinanças

Mais de Future of Money

Sam Altman diz que criptomoedas podem ter "futuro brilhante" e elogia Worldcoin

Evento reúne BC, CVM e mercado para debater futuro da economia digital no Brasil

Tokenização de venture capital: mais autonomia ao investidor

À vista ou a prazo? Pix ou Drex? A evolução dos pagamentos na visão da Cielo