Jack Dorsey criou a empresa Block após deixar o comando do Twitter (Bloomberg/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 10 de maio de 2024 às 12h06.
Jack Dorsey, um dos criadores e ex-CEO do Twitter, compartilhou nesta semana uma nova projeção de preço para o bitcoin. Na visão do executivo, a tendência é que a criptomoeda continue valorizando nos próximos anos, podendo valer US$ 1 milhão até o fim de 2030.
Dorsey falou sobre o tema durante uma entrevista para o site PirateWires, destacando e elogiando o caráter descentralizado da criptomoeda. A projeção compartilhada pelo executivo é semelhante à de Cathie Wood, CEO da gestora Ark Invest e conhecida pelos investimentos em novas tecnologias.
O criador do Twitter destacou que não sabe ao certo qual será o preço do bitcoin em 2030, mas citou US$ 1 milhão como cenário possível e disse que "eu acho que ele atinge esse número e vai além. Mas acho que o preço é apenas uma parte dos aspectos interessantes do bitcoin".
"A coisa mais incrível sobre o bitcoin, além da história de fundação, é que qualquer pessoa pode trabalhar nele, ou ser pago por ele, ou comprá-lo para si mesmo - todos que se esforçam para torná-lo melhor. É sobre melhorar todo o ecossistema, o que faz o preço subir. É um ecossistema e um movimento fascinantes, mais do que qualquer outra coisa. Isso me ensinou muito", ressaltou.
A entrevista não foi a primeira vez que Dorsey elogiou a criptomoeda. O executivo se tornou um conhecido defensor da tecnologia blockchain e dos ativos digitais e destacou durante a entrevista que tem usado blockchain nas operações da sua nova empresa, a Block, focada na área de pagamentos.
Ele pontuou que "se você realmente acredita na resistência à censura e na liberdade de expressão, você tem que usar as tecnologias que realmente permitem isso e defender os seus direitos. Acho interessante observar pessoas que dizem acreditar nessas coisas, mas não investem em aprender sobre bitcoin".
Ao mesmo tempo, Dorsey criticou as organizações e infraestruturas centralizadas que acabam sendo usadas no dia a dia, comentando que o bitcoin e outras criptomoedas possuem um caráter descentralizado que torna o seu uso menos arriscado e dificulta decisões individuais.
"É como o bitcoin, não tem um líder ou um elemento central vulnerável a estrangulamentos. E acho que isso é fundamental para o que se pretende fazer com ele", comentou.