Future of Money

Investimento em empresas de cripto da América Latina bate R$3,3 bilhões

Somando R$3,3 bilhões, o potencial das empresas de criptomoedas da América Latina chama a atenção de investidores, principalmente no Brasil, que recebeu a maior parte do valor

A brasileira 2TM foi a que recebeu os maiores aportes (FroYo_92/Getty Images)

A brasileira 2TM foi a que recebeu os maiores aportes (FroYo_92/Getty Images)

Cointelegraph Brasil

Cointelegraph Brasil

Publicado em 18 de fevereiro de 2022 às 16h09.

Os investimentos de venture capital em empresas de criptomoedas e blockchain na América Latina atingiram R$ 3,3 bilhões em 2021, montante quase 10 vezes maior do que foi investido no ano anterior, de acordo com um relatório publicado pela LAVCA (Associação para o Investimento de Capital Privado na América Latina). Em 2020, as startups latinoamericanas do setor haviam recebido apenas R$ 353,6 milhões.

A maior parte dos investimentos foi absorvida por corretoras de criptomoedas e plataformas de negociação para usuários do varejo, que ao todo receberam US$ 3,1 bilhões.

O Grupo 2TM, controlador do Mercado Bitcoin, foi a empresa brasileira que recebeu os maiores aportes dos fundos de venture capital, tornando-se o primeiro unicórnio da indústria local de criptomoedas. Em três rodadas de investimento, a controladora da maior corretora de criptomoedas do país recebeu R$ 11,4 bilhões, atingindo um valor de mercado de R$ 11,4 bilhões.

Antes disso, em maio de 2021, a Bitso, uma uma corretora mexicana que mantém operações na Argentina e na Colômbia, levantara US$ 250 milhões e tornou-se o primeiro unicórnio cripto da América Latina.

Três corretoras argentinas também receberam aportes, impulsionados pelo crescimento da adoção e de suas bases de usuários ao longo do ano passado. Em agosto de 2021, a Lemon Cash e a Buenbit captaram R$ 83,2 milhões e R$ 57,2 milhões, respectivamente. Já em setembro, a Ripio, corretora que também opera no Brasil, levantou R$ 260 milhões.

No mesmo ano, um dos principais fundos de venture capital da América Latina, o Kaszek, realizou seu primeiro investimento no setor das finanças descentralizadas (DeFi), liderando uma rodada de US$ 3 milhões na Exactly, um protoclo que está desenvolvendo uma plataforma de crédito não custodial de código aberto no blockchain Ethereum.

Outras empresas brasileiras do setor de criptomoedas e blockchain que atraíram investimentos foram a Liqi (R$ 28,6 milhões), empresa de tokenização de ativos, e a Gávea Marketplace (R$ 26 milhões), uma bolsa digital para comercialização de commodities.

Sob uma perspectiva mais ampla, os investimentos dos fundos de venture capital na América Latina somaram R$ 81,6 bilhões em 2021, um crescimento de 282% em relação ao ano anterior, quando o total aportado nas empresas da região foi de R$ 21,3 bilhões investidos em 2020, segundo a LAVCA.

O Brasil foi o país da região que atraiu a maior quantidade de capital: R$ 39 bilhões distribuídos entre 419 aportes, um crescimento de 215% em relação ao ano anterior. Em seguida, vieram México (R$ 18,2 bilhões), Colômbia (R$ 7,8 bilhões) e Argentina (R$ 6,2 bilhões).

Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | Twitter | YouTube | Telegram | Tik Tok

Acompanhe tudo sobre:BlockchainCriptoativosCriptomoedasmercado-bitcoinStartupsVenture capital

Mais de Future of Money

Senadora pede explicação para venda de bitcoin pelos EUA e alerta para prejuízos anteriores

Próximo secretário do Tesouro dos EUA afirma ser contra criação de Dólar Digital

Criptomoeda meme dogecoin pode ganhar ETF nos EUA ainda em 2025, diz empresa

Tether, maior empresa de stablecoins do mundo, anuncia mudança de sede para El Salvador