Ripple, responsável pelo XRP, obteve uma vitória judicial contra a SEC (FabrikaPhoto/Envato/Reprodução)
Redação Exame
Publicado em 14 de julho de 2023 às 17h06.
Última atualização em 14 de julho de 2023 às 17h16.
A criptomoeda XRP disparou na última quinta-feira, 13, e chegou a acumular uma valorização de mais de 80% após a Ripple, empresa responsável pelo projeto, conseguir uma vitória contra a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) em um processo. Entretanto, nem todos os investidores foram beneficiados por essa alta.
Dados da plataforma Coinglass mostram que os investidores que estavam negociando com preços futuros do XRP acumularam perdas de US$ 58 milhões (aproximadamente R$ 278 milhões). Desse total, US$ 33 milhões (R$ 158 milhões) foram perdidos por investidores que apostavam em uma queda do ativo, em posições conhecidas como "short".
As maiores perdas foram de investidores que usavam a corretora de criptomoedas Bybit, que registrou US$ 21 milhões em liquidações de posições de investidores. Já as exchanges OKX e Binance registraram, cada uma, perdas de US$ 14 milhões por parte dos investidores.
As liquidações ocorrem quando as corretoras precisam encerrar as posições abertas pelos investidores devido à perda parcial ou total da margem inicial do investidor. Isso costuma ocorrer quando não há fundos para manter a posição aberta ou quando ela não atende mais os requisitos da corretora.
Os dados apresentados indicam que as liquidações coincidiram com o momento em que a Justiça dos Estados Unidos compartilhou a decisão de que o XRP não poderia ser classificado, por si só, como um valor mobiliário, e que também não seria possível enquadrá-lo nessa categoria nas ofertas em corretoras de criptomoedas.
A SEC alegava que a criptomoeda se configuraria como um valor mobiliário nessas situações, e que a empresa responsável pelo projeto, a Ripple, teria violado as leis do país sobre o tema ao ofertá-la. O juiz responsável pelo caso considerou que apenas a venda institucional pela Ripple na chamada Oferta Inicial de Moeda (ICO) dos tokens violou as leis federais de valores mobiliários.