Bitcoin valorizou mais de 70% em 2023 (Reprodução/Reprodução)
Repórter do Future of Money
Publicado em 9 de outubro de 2023 às 11h35.
Um investidor do mercado de criptomoedas movimentou no último sábado, 7, uma quantidade significativa de bitcoin pela primeira vez em três anos. A movimentação, identificada pela empresa PeckShield, ocorre após o dono dos ativos ter um lucro de US$ 91 milhões (cerca de R$ 469 milhões, na cotação atual).
Em um post no X, antigo Twitter, a companhia explicou que o dono das unidades de criptomoedas não realizava nenhum tipo de operação no endereço de carteira onde os ativos estavam armazenados desde 2020. Já neste fim de semana, a primeira movimentação foi registrada.
Ainda segundo a PechShield, o investidor teria dividido a quantia em bitcoins - com aproximadamente 5 mil unidades do ativo - e enviado as criptomoedas para três novos endereços diferentes de carteiras digitais. À época em que foram adquiridos, os ativos estavam avaliados em cerca de US$ 50 milhões.
Desde então, a criptomoeda passou por ciclos de alta e baixa, mas acabou acumulando uma valorização nos últimos anos. Com isso, a mesma quantidade do ativo agora vale cerca de US$ 140 milhões, resultando em um lucro significativo para o investidor, que não foi identificado.
#PeckShieldAlert A dormant $BTC address 1LH1dY...ztTz (which has been inactive for 3 years) has transferred ~5K $BTC (~$140M) to 3 addresses
bc1q5rpq5wppf5tua2yd97nscp8gpz8fq0w740g22c
34aed6ryXt6ZCHv6k2WPiyy7ap5VbyHr8D… pic.twitter.com/kLj1SeEQSh
— PeckShieldAlert (@PeckShieldAlert) October 8, 2023
Apesar da movimentação ter sido identificada, ainda não sabe o que o dono das carteiras fez com os bitcoins após a nova operação. Por isso, ainda não é possível apontar que o lucro milionário foi "realizado", termo comum no mercado financeiro para se referir à venda de ativos com uma margem de lucro.
Graças à tecnologia blockchain, é possível identificar as movimentações, já que todas as operações nas redes precisam ser aprovadas e acabam se tornando públicas. Ao mesmo tempo, a identificação do dono de cada carteira é mais complexa, demandando um trabalho de investigação mais profundo.
Além disso, não há como saber se a intenção do investidor efetivamente é a de vender os bitcoins e realizar o lucro. Em geral, o "despertar" de carteiras digitais resulta em dois movimentos. O primeiro é a realização do lucro a partir da venda do ativo, enquanto o segundo é a mudança de endereço, mas manutenção dos ativos.
Esse segundo movimento está ligado a uma lógica de investimento de longo prazo. Nela, o investidor costuma ignorar volatilidades de curto prazo no preço do ativo e se concentrar em uma tese de valorização de longo prazo, o que justificaria manter os ativos investidos mesmo em casos de lucro significativo.
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