Hub Manager do ICP Hub Brasil
Publicado em 27 de outubro de 2024 às 11h00.
À medida que o universo blockchain continua a se expandir, a interoperabilidade se torna um elemento crucial para a evolução da tecnologia. Essa capacidade permite que diferentes blockchains se comuniquem e compartilhem informações, criando um ecossistema mais coeso e funcional.
A interoperabilidade refere-se a habilidade de redes distintas interagirem e trocarem dados, tanto entre diferentes blockchains quanto dentro das próprias redes. Isso é essencial para a evolução do setor, pois facilita transações e aplicações que requerem múltiplos blockchains, promovendo a eficiência e reduzindo custos.
Essa tecnologia é de suma importância, pois ajuda a remover barreiras e auxiliar na escalabilidade do ecossistema na totalidade e também individualmente de cada uma dos blockchains.
Para entender melhor essa funcionalidade, vamos imaginar um cenário hipotético onde você precise usar uma rede blockchain ativamente. Mas, essa rede em específico tem uma grande limitação: você só pode movimentar um único tipo de ativo entre os usuários da rede ou entre um usuário e um dApp.
Agora, imagine que boa parte desses usuários precisem diariamente de outros tipos de ativos para suas interações diárias obrigatórias, você acredita que estes usuários usariam essa mesma rede que você?
Acredito que a resposta seja não, correto? Pois bem, caso não existisse a interoperabilidade, todas as redes funcionariam como esta. De forma isolada, fragmentada e com usuários e dados particulares.
O que dificultaria não só a experiência do usuário, como a adoção destes com a rede em questão. Por outro lado, a interoperabilidade permite que essas redes trabalhem de maneira integrada, e consequentemente, conquistem mais usuários.
Apesar de não ser uma tarefa fácil, já existem várias iniciativas sendo criadas para aumentar e facilitar a interoperabilidade entre as redes blockchains, como por exemplo: oráculos descentralizados, como a Chainlink, que conecta blockchains a dados externos, permitindo a recuperação de informações de APIs off-chain. Basicamente, esse tipo de aplicações processa dados do mundo real e os insere nos blockchains.
Outro tipo de iniciativa muito comum são as aplicações no formato de "bridges", ou "pontes" em português, que são protocolos que conectam dois blockchains diferentes. Dessa forma, permitem que ativos sejam enviados de uma para outra.
Existem também outras plataformas de interoperabilidade como a Axelar, que dentro de sua infraestrutura, permite que desenvolvedores criem contratos inteligentes para aplicações cross-chain de forma simples e eficiente, com uma camada de abstração que facilita a escalabilidade e segurança em transações.
Outra tecnologia recente, a Chain Fusion da Internet Computer Protocol (ICP), permite que contratos inteligentes interajam com redes como Bitcoin e Ethereum de forma facilitada, já que essa tecnologia oferece uma integração nativa aos aplicativos, permitindo que os contratos inteligentes operem em múltiplas redes com tokens de vários blockchains. Trazendo uma escalabilidade e eficiência maior aos dApps, aplicativos descentralizados, que a utilizam.
Assim, ao eliminar barreiras e permitir a colaboração entre diferentes blockchains, a interoperabilidade não apenas aprimora a experiência do usuário, mas também expande as possibilidades para inovações significativas, trazendo diversas vantagens.
Uma delas é o aumento da liquidez dos ativos digitais, facilitando todo o processo de venda e compra dos ativos em diferentes redes. O que desenvolve também um ecossistema mais dinâmico e atrativo, onde os usuários têm acesso a um leque mais variado de serviços e aplicativos descentralizados.
A interoperabilidade também facilita o processo de regulação e rastreamento de transações, garantindo a conformidade e promovendo a transparência das redes que a usam.
O futuro da interoperabilidade blockchain deve avançar com o progresso contínuo das tecnologias cross-chain. À medida que mais organizações reconhecem essa tecnologia emergente e suas capacidades, a conexão entre diferentes blockchains se torna essencial.
O aumento no número de novas redes blockchain também reflete a compreensão de que não há uma solução única que possa atender a todas as demandas associadas à tecnologia blockchain simultaneamente.
Assim, a interoperabilidade é considerada uma peça fundamental para a ampla adoção da tecnologia, permitindo que redes e protocolos se comuniquem de forma coesa, facilitando o uso por parte dos usuários comuns e transformando a visão de um futuro verdadeiramente descentralizado.
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