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Intel cria chip para mineração de bitcoin com consumo energético otimizado

Novo processador, descrito como um “ASIC de hiper baixa voltagem e eficiente energeticamente”, deve ser lançado em fevereiro, mas não há previsão para início das vendas

Ainda não está claro se o novo chip será disponibilizado para consumidores ou se continuará como um projeto de pesquisa (Reuters/Reuters)

Ainda não está claro se o novo chip será disponibilizado para consumidores ou se continuará como um projeto de pesquisa (Reuters/Reuters)

A Intel, gigante fabricante de chips norte-americana, deve anunciar no próximo mês seu primeiro processador voltado à mineração de bitcoin. A informação foi divulgada inicialmente pelo site Tom’s Hardware.

O anúncio deve ocorrer na ISSCC Conference, um reduto para as mentes mais brilhantes do mercado de chips no mundo, que acontece entre os dias 20 e 28 de fevereiro, em forma online. O processador, que deve se chamar Bonanza Mine foi descrito como um “ASIC de hiper baixa voltagem e eficiente energeticamente”.

Bitcoins são geralmente minerados usando um ASIC, acrônimo em inglês para "circuito integrado de ação específica", ou seja, um computador designado somente para uma tarefa. Como o chip desempenha somente uma ação, consegue ser muito mais eficiente do que CPUs convencionais.

É importante notar que cada ASIC é capaz de minerar somente uma moeda específica, ou seja, no caso do Bonanza Mine, o objetivo é fazer a mineração de bitcoin.

Ainda não está claro se o novo chip será disponibilizado para consumidores ou se continuará como um projeto de pesquisa, mas como o anúncio se encontra entre os destaques do evento, é possível que a Intel tenha o plano de disponibilizá-lo aos consumidores em breve.

Os concorrentes da gigante da tecnologia sofrem com preços altos e longas filas de espera, em principal porque dependem de mão de obra terceirizada para fabricação dos equipamentos. Com maior capilaridade, a Intel pode entrar em um negócio lucrativo na mineração de criptoativos.

A mineração de bitcoin é, de forma simplificada, o processo de adicionar e validar registros de transações em blockchain, garantindo sua legitimidade e segurança.

Para isso, no caso de redes que utilizam mecanismo de consenso chamado "prova de trabalho" (ou "proof of work", em inglês), como o bitcoin, computadores competem entre si para solucionar problemas matemáticos. Aquele que o fizer antes dos outros, recebe as taxas geradas por aquela transação específica. Os computadores que fazem mineração de bitcoin também são responsáveis por gerar novas unidades da criptomoeda.

Com a alta de preços nos últimos anos, a mineração se tornou altamente lucrativa, desenvolvendo um setor que atualmente conta com grandes empresas, investidores globais e movimenta cifras bilionárias.

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