(matejmo/Getty Images)
Coindesk
Publicado em 12 de janeiro de 2022 às 14h59.
Última atualização em 12 de janeiro de 2022 às 15h24.
Uma métrica relacionada às movimentações no blockchain, que se provou historicamente confiável, sugere que o bitcoin talvez esteja nos estágios finais de sua tendência de baixa, que levou a criptomoeda à uma queda acumulada de quase 40% nos últimos dois meses.
O fluxo de dormência ajustado pela entidade, uma razão do valor de mercado da criptomoeda pelo valor anualizado em dólar da dormência da moeda, caiu para níveis abaixo dos 250 mil dólares. A dormência significa ao número médio de dias em que cada moeda transacionada permaneceu inativa ou sem movimentação – um indicador do padrão de gastos do mercado.
A área abaixo dos 250 mil dólares marcou os principais fundos de preço no passado, como visto na imagem abaixo, fornecida pela empresa de análise de dados Glassnode.
"O fluxo de dormência ajustado pela entidade atingiu recentemente o fundo, mostrando uma redefinição completa da métrica. Historicamente, esses eventos acontecem no fundo cíclico", afirmou a Glassnode em um relatório publicado na última segunda-feira, 10.
"Valores baixos de fluxo de dormência indicam momentos em que o valor de mercado está subvalorizado em relação à soma anual de dormência realizada, indicando momentos em que o bitcoin é um value price", acrescentou a Glassnode.
O valor de mercado é calculado multiplicando o número total de moedas mineradas pelo preço de uma única moeda em um determinado momento. No momento, o valor de mercado do bitcoin é de 810 bilhões de dólares.
O preço do bitcoin atingiu o fundo do poço em julho de 2021, e logo depois iniciou um novo movimento de alta, com a métrica atingindo um território positivo. A criptomoeda bateu seu recorde de preço próximo dos 69 mil dólares em 10 de novembro.
Por conta de fatores macroeconômicos, como o resultado do Índice de Preços ao Consumidor nos EUA (IPC), que foi divulgado na manhã desta quarta-feira, 12, o indicador pode continuar o seu movimento de alta. Com uma alta de 7% em relação a 2020, o IPC registrou o maior aumento anual nos últimos 40 anos, o que aumentou ainda mais a preocupação do mercado com o cenário econômico nos EUA e, fortaleceu a tese de que o bitcoin, enquanto reserva de valor, pode proporcionar aos investidores uma proteção aos impactos inflacionários. Após o anúncio do IPC, o bitcoin registrou um forte movimento de alta, atingindo novamente o patamar de US$ 40 mil.
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