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IBM: 3 áreas que estão sendo impulsionadas pelo uso de IA na transformação digital

Gigante de tecnologia expandiu programas de parcerias e movimentou US$ 5,1 bilhões em 2024 com foco em inteligência artificial

IBM tem intensificado ações envolvendo inteligência artificial (./Divulgação)

IBM tem intensificado ações envolvendo inteligência artificial (./Divulgação)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 12 de agosto de 2024 às 18h36.

Em pouco tempo, a inteligência artificial se tornou o foco de muitas empresas ao redor do mundo, que agora exploram como, exatamente, podem adotar mais intensamente as ferramentas de IA generativa e quais seriam os seus impactos. Pensando nesse cenário, e as dificuldades que ele gera, a IBM lançou neste ano um conjunto de programas de "suporte" para parceiros.

Dados compartilhados com a EXAME com exclusividade apontam que, no acumulado de 2024, esse ecossistema para parceiros já somou 43 mil negócios, avaliados em US$ 5,1 bilhões. E, segundo Kate Woolley, gerente geral de Ecossistemas da IBM global, o plano é aumentar esses números, incluindo no Brasil.

"Quando lançamos o projeto de parcerias no início do ano, tratava-se de dar mais transparência, de colocar os nossos parceiros no controle [dos dados usados em IAs]. A outra grande premissa são as competências necessárias para lidar com essa nova tecnologia, e como adquiri-las. O ecossistema é visto como uma extensão da IBM, dando essas habilidades gratuitamente", explica.

Nesse sentido, a executiva diz que o foco da IBM está agora em identificar novas oportunidades de negócios e acelerações que a inteligência artificial pode trazer para as empresas, resultando em novas parcerias. E o Brasil "é um mercado extremamente importante para a IBM e para o ecossistema".

"Estamos entusiasmados com o envolvimento com o ecossistema brasileiro. Somamos 200 novos parceiros apenas este ano, estamos trabalhando em áreas como gastos em nuvem e como otimizá-los, além de todo portfólio de automação da IBM. É uma grande oportunidade à medida que as empresas continuam a se modernizar, entusiasmadas com a IA", avalia.

Na visão de Woolley, não há hoje uma grande diferença na maturidade de empresas internacionais e brasileiras em relação ao potencial da inteligência artificial. E, tanto no Brasil quanto fora, há uma conexão clara entre a tecnologia e os processos de transformação digital nos negócios.

"Vemos muita tração com as empresas quando somos muito específicos sobre os casos de uso que desejamos conduzir combinando a transformação digital com IA, trazendo o caso de uso certo para aquela empresa e gerando mais valor ao processo a partir dessa tecnologia, aumentando a eficiência", afirma.

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União entre IA e transformação digital

Woolley cita, ainda, três grandes áreas da transformação digital que possuem mais potencial de impulsionamento com a inteligência artificial:

  1. A primeira é o trabalho digital, em que a IA serve para "melhorar nossas habilidades, e não substituir o humano", gerando mais valor para as empresas. Nesse aspecto, a IBM se classifica como um "cliente zero", testando o uso de IA internamente e gerando um ganho de 40% em eficiência e produtividade, com foco em "qualificação, não substituição";
  2. A segunda é o cuidado com o cliente, em que a inteligência artificial pode ser usada para mostrar "casos de uso realmente importantes no atendimento ao cliente", usando assistentes artficiais para automatizar tarefas repetitivas e sugerindo  e muitos de nossos assistentes de IA para automatizar tarefas repetitivas, sugerindo possíveis ações para clientes e fomentando um ambiente "ominichannel";
  3. A terceira é a modernização de códigos, uma área que tem chamado a atenção da IBM principalmente pelo potencial de ganho de eficiência para desenvolvedores. Woolley destaca que essa aplicação pode ajudar empresas que "não conseguem talentos tecnológicos suficientes, portanto ela é muito importante"

Também em entrevista à EXAME, a executiva avaliou que a inteligência artificial enfrenta agora um "ponto de inflexão entre o hype e a realidade", mas tem potencial para ser transformadora quanto a internet.

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