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Hong Kong aprova primeiros ETFs de bitcoin e ether à vista

Regulador do país acelerou processo para liberar novos fundos negociados em bolsa para investimento nas duas criptomoedas

Hong Kong aprovou ETFs de bitcoin e ether pela primeira vez (Reprodução/Reprodução)

Hong Kong aprovou ETFs de bitcoin e ether pela primeira vez (Reprodução/Reprodução)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 15 de abril de 2024 às 10h03.

Última atualização em 15 de abril de 2024 às 11h38.

Os reguladores de Hong Kong aprovaram nesta segunda-feira, 15, o lançamento dos primeiros ETFs de preço à vista de bitcoin e ether no país. Os fundos negociados em bolsa tiveram um processo de análise acelerado, tornando a região a primeira jurisdição da Ásia a aprovar esse tipo de produto.

A aprovação dos pedidos foi confirmada pela filial regional da China Asset Management, uma das principais gestoras da China. A subsidiária afirmou que recebeu a autorização da Comissão de Valores Mobiliários e Futuros de Hong Kong para lançar ETFs de preço à vista das duas criptomoedas.

Outra gestora importante da China, a Harvest Global Investments, também informou que foi autorizada a lançar seus ETFs de bitcoin e ether. Outras duas gestoras, a Bosera Asset Management e a HashKey Capital confirmaram ao site The Block que também tiveram a sua solicitação conjunta aprovada.

Ainda não se sabe ao certo quantos pedidos foram aprovados pelos reguladores de Hong Kong. Além disso, as gestoras não informaram quando exatamente pretendem lançar seus ETFs no mercado, mas a aprovação abre espaço para um lançamento ainda nesta semana, dependendo da preparação das empresas.

Em um comunicado, a Bosera Asset Management destacou que "a introdução dos ETFs à vista de ativos virtuais não só proporciona aos investidores novas oportunidades de alocação de ativos, mas também reforça o status de Hong Kong como um centro financeiro internacional e um centro para ativos virtuais".

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Um estudo recente da empresa de análises Matrixport apontou que apenas os ETFs de bitcoin podem resultar em uma demanda de US$ 25 bilhões (R$ 125 bilhões, na cotação atual) pela criptomoeda, liderada principalmente por investidores na China que buscam exposição ao ativo.

Atualmente, a negociação de bitcoin, ether e outras criptomoedas é proibida na China. Já Hong Kong adotou desde 2023 uma postura mais aberta ao setor e à tecnologia ligada aos criptoativos, incluindo planos de lançar uma moeda digital de banco central (CBDC, na sigla em inglês).

A aprovação também ocorre meses depois dos Estados Unidos aprovarem o lançamento de ETFs de preço à vista de bitcoin, que têm atraído bilhões em investimento. Apesar de sair atrás do mercado norte-americano, os reguladores de Hong Kong se anteciparam ao aprovarem ETFs de ether, que ainda estão sendo analisados pela SEC.

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