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Repórter do Future of Money
Publicado em 9 de abril de 2025 às 16h52.
Matt Hougan, CIO da gestora Bitwise, acredita que a guerra tarifária travada entre os Estados Unidos e a China deve acabar beneficiando o bitcoin, mesmo após quedas recentes. Para o executivo, a principal consequência desse episódio deve ser um "sistema de reservas mais fragmentado" globalmente.
Hougan acredita que o bitcoin seria um dos ativos mais beneficiados por essa fragmentação. Já o dólar deve ser um dos grandes prejudicados. Ele afirma que a moeda norte-americana pode perder boa parte da sua atratividade como ativo de reserva internacional.
Nesse cenário, ele diz que os investidores devem migrar para o "dinheiro duro", beneficiando ativos como o ouro e a criptomoeda. Hougan pontua que "está difícil ser um investidor atualmente. O mercado está volátil e o fluxo de notícias está constante".
Para o executivo da Bitwise, a estratégia adotada pelos Estados Unidos tem uma "mensagem clara: o dólar precisa se desvalorizar. Em relação a esse movimento de tarifas, eu tenho certeza que o governo Trump quer um dólar significativamente mais fraco".
Ele ressalta que esse objetivo deve ser perseguido pelo presidente "mesmo que isso signifique sacrificar o papel do dólar como a grande moeda de reserva em todo o mundo". E, se isso ocorrer, haveria o surgimento de uma janela de oportunidade importante para o bitcoin.
O CIO da gestora de ativos acredita que a criptomoeda tende a se fortalecer às custas de um enfraquecimento do dólar, um movimento que já vem ocorrendo em escala menor desde 2020. Agora, a estratégia do governo Trump pode acelerar esse padrão e impulsionar o ativo.
"Nesse contexto, a narrativa em torno do bitcoin é clara: quando as dinâmicas internacionais estão fraturadas e as moedas globais em mudança, onde os investidores podem achar uma reserva de valor digital escassa e global que esteja fora do controle de um governo", questiona.
A resposta, explica, é o bitcoin. Por isso, a Bitwise reforçou o seu otimismo sobre o futuro da criptomoeda e decidiu manter a sua projeção de que o ativo terminará o ano de 2025 na casa dos US$ 200 mil, firmando um novo recorde de preço.
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