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Grandes empresas não inovam sozinhas: a importância das alianças

Com usuários que demandam respostas cada vez mais rápidas e eficientes, a estratégia ‘a quatro mãos’ tem salvado empresas que pensam grande demais para os recursos que têm disponíveis

Digital generated image of blue and yellow glowing data on black background. (Getty Images/Reprodução)

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Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 3 de março de 2025 às 10h00.

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Por Bruno Maia*

No dinâmico mundo da tecnologia, inovar é essencial para a sobrevivência e durabilidade de qualquer projeto. No jogo da relevância, oferecer novas soluções para novos problemas - e também para os antigos - tem sido o principal desafio para aqueles que querem se manter úteis e pertinentes para seu público-alvo.

No entanto, sem colaboração, poucos avanços reais são alcançados. Isso porque projetos bem-sucedidos têm um ponto em comum entre si: eles apoiam e são apoiados.

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Com usuários que demandam respostas cada vez mais rápidas e eficientes, a estratégia ‘a quatro mãos’ tem salvado empresas que pensam grande demais para os recursos que têm disponíveis.

E se ignorarmos as parcerias?

Agora, imagine um cenário onde empresas tentam inovar sozinhas, isoladas em seus silos, sem alianças estratégicas. Será possível desenvolver tecnologia de ponta, no timing necessário para uma entrada efetiva no mercado, sem compartilhar conhecimento, compor tecnologia ou mesmo receber feedbacks?

O avanço da inteligência artifi cial, por exemplo, teria chegado ao estágio atual sem a colaboração entre pesquisadores, startups e gigantes do setor? O que aconteceria se cada organização tentasse ‘reinventar a roda’, recusando-se a trabalhar em conjunto?

A verdade é que o isolamento tecnológico é uma receita para o atraso. Projetos fechados em si mesmos tendem a esbarrar em limitações técnicas, dificuldades financeiras e falta de escalabilidade ou pior a perda de oportunidades que não necessariamente voltam a ocorrer.

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A história já mostrou que as empresas que tentam seguir sozinhas, ignorando a necessidade de colaborações estratégicas, acabam fi cando para trás – ou desaparecendo. Será que a Kodak existiria até hoje se tivesse feito as parcerias certas, e quem se lembra da Blockbuster e sua recusa em fazer um M&A com a Netflix?

Até pouco tempo atrás, as empresas entendiam que inovar só seria possível por meio de muito investimento de tempo e dinheiro. O que acontece é que, em geral, nenhuma empresa ou equipe de desenvolvimento detém todas as habilidades necessárias para criar soluções de forma isolada de forma a ganhar o mercado no timing correto.

No futuro prevalece quem se conecta

De acordo com dados da Open Startups, o número de parcerias entre grandes empresas e startups foi de aproximadamente 5.300 em 2023, um crescimento descomunal se comparado a 2016, quando a instituição começou a registrar esses números. Na ocasião, apenas 82 parcerias entre empresas haviam sido firmadas, o que significa que em sete anos o salto foi de mais de 6.300%.

Outro estudo, dessa vez da Accenture revelou que 63% dos executivos acreditam que integrar um ecossistema de parcerias é fundamental para inovar de forma mais efi caz. Indo além, uma pesquisa da EY indicou que 68% dos líderes veem os ecossistemas de parceria como a única estratégia viável para alcançar o sucesso no mercado atual.

A indústria de Web3 naturalmente, por seu caráter de código aberto colaborativo, já tem uma propensão natural ao estabelecimento de parcerias. Contudo, deve-se ressaltar também que o foco deve ser no estabelecimento de parcerias que estejam alinhadas com o plano estratégico da empresa e não apenas para alcançar o que chamamos de “marketing stunt”.

Os líderes e empreendedores devem sempre se perguntar a razão da parceria e o que ela pretende alcançar e o quão importante é esse objetivo para o projeto. Dessa forma garante-se não apenas a escolha dos parceiros ideais, mas também a maneira de priorizar cada uma dessas parcerias. Em uma recente parceria da Cartesi com a EigenLayer, desenvolvedores se uniram para criar PoCs (Provas de Conceito) e dApps inovadores.

Essa parceria teve como objetivo explorar o potencial do novo protocolo desenvolvido pela Cartesi, o Cartesi Co-processador, que utiliza a Eigenlayer como garantia de segurança.

Como resultado, tivemos integração de IA, jogos, aplicações orientadas por dados e inovações em DeFi que demorariam muito sem a utilização de uma infraestrutura que é resultado da combinação da tecnologia de dois projetos, no caso o protocolo da Cartesi sendo implementado em conjunto com o da Eigenlayer para formar o Coprocessador.

Mas é claro que a busca por bons parceiros vai além do fi t tecnológico e estratégico é importante entender e se perguntar se a sua empresa é capaz de proporcionar uma boa parceria. Ser um bom parceiro em projetos de tecnologia vai além de oferecer recursos ou expertise; exige comprometimento, transparência e uma mentalidade colaborativa.

Em um cenário onde a velocidade da inovação se faz presente, parcerias fortes são um diferencial estratégico. Seja para acelerar o desenvolvimento, reduzir custos, acessar mercados ou impulsionar a credibilidade, colaborações têm papel de destaque para que qualquer projeto se sustente a longo prazo.

*Bruno Maia é head de ecossistem growth da Cartesi.

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