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Governo da China cria grupo de trabalho sobre metaverso com Huawei e Tencent

País quer criar uma padronização para a adoção da tecnologia no setor e fomentar expansão do segmento

China retomou iniciativas ligadas a metaverso, blockchain e criptoativos (Paul Yeung/Getty Images)

China retomou iniciativas ligadas a metaverso, blockchain e criptoativos (Paul Yeung/Getty Images)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 19 de janeiro de 2024 às 12h01.

O Ministério da Indústria e da Informação Tecnológica da China anunciou nesta sexta-feira, 19, a criação de um grupo de trabalho voltado para o tema do metaverso. Ao todo, 60 empresas participarão de discussões com as autoridades do país para ajudar na criação de padrões e regras para a adoção do metaverso e suas tecnologias.

De acordo com um comunicado divulgado pelo governo, a criação do grupo de trabalho reflete a "necessidade do desenvolvimento desse setor e o gerenciamento da indústria", com uma padronização de regras e atividades. O grupo contará com as gigantes do setor de tecnologia chinês, incluindo a Huawei, a Tencent, a Baidu e a Ant Group - dona do Alibaba.

O comunicado não informa qual será a duração das atividades do grupo de trabalho e não deu detalhes sobre os tópicos de discussão, mas o objetivo da iniciativa é fomentar uma nascente indústria de metaverso no país. Em julho de 2023, a cidade de Xangai lançou um "plano de pesquisa e desenvolvimento de tecnologia-chave do metaverso", que conta com o apoio oficial do governo do país.

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O plano concentra-se nas principais dimensões tecnológicas do metaverso, incluindo conteúdo, cálculo, transmissão e tecnologia terminal, integrando tendências de desenvolvimento industrial doméstico e internacional e fundações locais de pesquisa e desenvolvimento.

Já em dezembro do ano passado, o Ministério da Indústria e da Informação Tecnológica ressaltou que pretende aumentar as iniciativas voltadas para o desenvolvimento dos segmentos de tokens não fungíveis (NFTs, na sigla em inglês) e de aplicações voltadas para as finanças descentralizadas (DeFi, na sigla em inglês) nos próximos anos.

O movimento faz parte de um esforço do país para expandir iniciativas voltadas à Web3, considerada a próxima fase da internet, e assumir uma posição de liderança global na área. Para especialistas, o avanço do metaverso - que combina áreas como realidade virtual e aumentada - também está ligada à Web3.

Na avaliação da pasta, a China possui uma "boa base industrial e amplo espaço de desenvolvimento para o desenvolvimento da Web3. Em particular, o ambiente político, a capacidade técnicas e os ricos cenários de aplicação são as vantagens únicas do país".

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