Ubisoft adota caminho oposto ao de concorrentes e indica objetivo de buscar posição de liderança no universo dos jogos em blockchain (NurPhoto/Getty Images)
Cointelegraph Brasil
Publicado em 29 de outubro de 2021 às 18h25.
A Ubisoft, uma das maiores empresas de videogame do mundo - responsável pela criação de franquias de games populares como Assassin’s Creed, Far Cry e For Honor - organizou sua teleconferência de resultados do segundo trimestre esta semana, onde a tecnologia blockchain foi um tópico chave.
Além de relatar um aumento de 15% no número de jogadores ativos únicos no primeiro semestre do ano em comparação com 2020, e o fato de Assassin's Creed Valhalla ter se tornado o segundo jogo mais lucrativo da história da empresa, o CEO da companhia francesa, Yves Guillemot, também expressou intenções de investimento e adoção de empresas de jogos centradas em blockchain na plataforma.
Apesar de fazer avanços notáveis no espaço - como o financiamento da Animoca Brands, dona de um popular metaverso de jogos baseado em Ethereum chamado The Sandbox - Guillemot afirmou que a plataforma está em estágio inicial de pesquisa e desenvolvimento.
A Ubisoft se tornou um nó validador na rede Tezos em abril, uma operadora de nó de canal na rede Aleph.im em julho e membro fundador da Blockchain Game Alliance, uma coalizão para encorajar a adoção dos dois setores.
Frédérick Duguet, diretor financeiro da Ubisoft, falou muito sobre os impactos potenciais que a tecnologia de blockchain pode ter na indústria de jogos: “A blockchain permitirá que mais jogadores realmente ganhem conteúdo, tenham conteúdo próprio, e achamos que isso vai fazer a indústria crescer bastante. Temos trabalhado com muitas pequenas empresas que estão avançando em blockchain e estamos começando a ter um bom know-how sobre como isso pode impactar a indústria, e queremos ser um dos principais participantes aqui”.
A Valve, empresa de jogos parceira, recentemente se envolveu nas principais manchetes após seu anúncio impopular de banir todos os jogos e conteúdo cripto, blockchain e tokens não-fungíveis (NFTs) da plataforma Steam, declarando sua crença de que os ativos não têm valor intrínseco.
Em resposta a esta proibição, o grupo de defesa digital Fight for the Future - apoiado por Blockchain Game Alliance, Enjin e 26 outros projetos de jogos blockchain - publicou uma carta aberta pedindo que a corporação pivotasse sua decisão, declarando que organizações autônomas descentralizadas (DAOs) e NFTs podem promover o avanço de “sistemas descentralizados, democráticos, interativos e focados no jogador”.
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