BlockFi já havia congelado saques de fundos de criptoativos depositados por clientes antes de falir (Reprodução/Unsplash)
Da Redação
Publicado em 29 de novembro de 2022 às 18h06.
Última atualização em 29 de novembro de 2022 às 18h07.
A BlockFi, uma empresa que realiza empréstimos com criptoativos, possui cerca de US$ 355 milhões (R$ 1,8 bilhão, na cotação atual) em ativos congelados na FTX, de acordo com um advogado que está auxiliando a companhia em seu processo de falência nos Estados Unidos.
Joshua Sussberg fez a revelação durante um depoimento nesta terça-feira, 29, no tribunal que analisa o caso. Um dia antes, a BlockFi havia informado que tinha passivos entre US$ 1 bilhão e US$ 10 bilhões.
Os criptoativos estão presos devido à falência da FTX, iniciada em 11 de novembro. Os clientes da exchange estão impossibilitados de sacar o dinheiro que depositaram na corretora desde o início de novembro.
Segundo Sussberg, há ainda um empréstimo de US$ 671 milhões (R$ 3,5 bilhões, na cotação atual) que a BlockFi realizou para a Alameda Research, uma companhia de investimentos que integra o mesmo grupo controlador da FTX.
A empresa de empréstimos de criptoativos informou também que possui cerca de 100 mil credores, e US$ 256,9 milhões em reservas disponíveis. Segundo ela, a falência busca "estabilizar seus negócios e fornecer à empresa a oportunidade de consumar uma transação de reestruturação abrangente que maximize valor para todos os clientes e outras partes interessadas".
No mesmo dia em que a FTX declarou falência, a BlockFi congelou os saques de fundos depositados por clientes e recomendou que não fossem mais realizados depósitos na plataforma.
Já em 14 de novembro, ela revelou que tinha uma "exposição significativa à FTX e entidades corporativas associadas", mas havia negado rumos de que a maioria dos seus ativos estava na exchange.
A BlockFi já havia sido duramente prejudicada em julho de 2022 pelo colapso do blockchain Terra e o seu criptoativo nativo, a Luna. Naquele período, ela foi socorrida pelo fundador da FTX, Sam Bankman-Fried, que abriu carteiras de crédito para auxiliar financeiramente empresas do setor de criptoativos.
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