Mercado de criptoativos deve passar por algumas mudanças em suas fontes de receita (metamorworks/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 16 de janeiro de 2023 às 11h27.
A gestora de patrimônio Bernstein publicou um relatório nesta segunda-feira, 16, em que projeta um crescimento na casa de dezesseis vezes para a receita total das empresas da área de criptoativos. A expectativa dos analistas é que, até 2033, o valor passe da casa dos US$ 25 bilhões atuais (R$ 127 bilhões) para US$ 400 bilhões (R$ 2 trilhões, na cotação atual).
Para os responsáveis pelo relatório, o ano de 2023 deverá construir as bases para uma "era de ouro" de inovações que vai se estender pelos próximos dez anos, trazendo novas aplicações para o setor cripto e resultando em um aumento dos valores movimentados por ele.
Pelas estimativas da empresa, o mercado de criptoativos deve passar por algumas mudanças em relação ao peso de certos segmentos na composição de receita até lá. Atualmente, a área de "receita descentralizada gerada por blockchains" corresponde a 15% do total, mas deve chegar a 50% até 2033.
Com isso, essa área deverá gerar, sozinha, uma receita na casa dos US$ 200 bilhões em 2033. Atualmente, ela é de US$ 4 bilhões. Por trás desse crescimento, estará uma "inovação na escalabilidade de blockchains e crescimento de aplicações em serviços financeiros e segmentos de tecnologia de consumo".
Ao mesmo tempo, as aplicações na área de consumo e finança deverão ser responsáveis por 75% de toda a receita do setor de criptoativos em 2033, segundo a Bernstein. Em 2022, esse segmento correspondeu a 40% de todas as receitas geradas no mercado.
A Bernstein espera que três áreas específicas sejam os principais geradores de receita nas aplicações em finanças: corretoras descentralizadas (DEX, na sigla em inglês), empréstimos e tokenização e estruturação de produtos.
Já no lado do consumo, o relatório projeto que jogos ligados a tokens não-fungíveis (NFTs, na sigla em inglês) serão os principais responsáveis pelas receitas no segmento. Ao mesmo tempo, serviços institucionais - como custódia e negociação - também deverão ser impulsionadores no crescimento de receita nos próximos anos.
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