Repórter do Future of Money
Publicado em 9 de outubro de 2024 às 16h18.
A gestora Canary Capital anunciou que entrou na última terça-feira, 8, com um pedido junto à SEC, equivalente à CVM dos Estados Unidos, para lançar um ETF de XRP. Com o pedido, a empresa se soma à Bitwise, que foi a primeira a solicitar o lançamento de um fundo negociado em bolsa da criptomoeda.
De acordo com a empresa, o fundo daria aos investidores a "oportunidade de acessar o mercado do XRP por meio de uma conta de corretagem tradicional, sem as potenciais barreiras à entrada ou riscos envolvidos na aquisição e manutenção direta de XRP".
O fundador da Canary Capital, Steven McClurg disse ainda que a gestora observou "sinais encorajadores de um ambiente regulatório mais progressivo, juntamente com a crescente demanda dos investidores por acesso sofisticado a criptomoedas, indo além de bitcoin e ether".
Ele citou ainda uma demanda "específica" de investidores que "buscam acesso a soluções de blockchain de nível empresarial e seus tokens nativos, como o XRP". McClurg também o fundador da Valkyrie, que já possui ETFs de bitcoin e ether.
A Bitwise deu início na semana passada aos pedidos de lançamento de um ETF da criptomoeda, enviando a primeira proposta do tipo para a SEC. Nela, a corretora de criptomoedas Coinbase foi indicada como a custodiante do fundo, um papel que ela já desempenha para a maioria dos ETFs de bitcoin e de ether.
Até o momento, a SEC não aprovou nenhum ETF de XRP. Entretanto, o mercado especula que a aprovação poderia ser facilitada após decisões judiciais interpretarem que, na maioria dos coisas, a criptomoeda não é um valor mobiliário. A SEC não autoriza o lançamento de ETFs de valores mobiliários.
Mesmo assim, as decisões judiciais surgiram exatamente de processamentos abertos pela SEC, que caracterizava a criptomoeda como um valor mobiliário. Por isso, ainda pode haver uma resistência do regulador em liberar fundos negociados em bolsa do ativo.
Em janeiro deste ano, a SEC aprovou o lançamento dos primeiros ETFs de bitcoin dos Estados Unidos. Já em maio, foi a vez dos primeiros ETFs de ether. No segundo caso, o regulador reverteu sua posição e admitiu que o ether não seria um valor mobiliário, algo que pode se repetir agora com o XRP.