Uso do bitcoin como "ouro digital" deve ajudar na valorização da criptomoeda (Getty Images/Reprodução)
A gestora de investimentos Ark Invest, que chegou à marca de US$ 50 bilhões em ativos sob gestão em 2021 e é focada em projetos de tecnologia, reforçou em um relatório a sua aposta de que o bitcoin chegará à casa dos US$ 1 milhão até 2030. A empresa é liderada por Cathie Wood, uma das gestoras mais famosas dos Estados Unidos.
No relatório, a gestora afirmou que, apesar de um "ano turbulento", a criptomoeda não perdeu seu ritmo de expansão, o que fortalece a oportunidade de investimento nela com foco no longo prazo: "Seus fundamentos de rede se fortaleceram e sua base de titulares se tornou mais focada no longo prazo". Atualmente, o bitcoin é cotado na casa dos US$ 23 mil.
Ao mesmo tempo, a Ark Invest considera que as crises internas do setor de criptomoedas em 2022, ligadas às falências de uma série de empresas e projetos relevantes, se concentraram nas partes centralizadas do ecossistema cripto, o que aumenta a proposta de valor do bitcoin, voltada para "descentralização, auditabilidade e transparência".
No relatório, a gestora aponta ainda que, mesmo com uma forte queda de mais de 60% em 2022, a criptomoeda teve um retorno superior ao de qualquer tipo de investimento global considerando as métricas de retorno no acumulado de quatro, cinco e três anos. No ano passado, o retorno foi de 8,7%, superando as ações ao redor do mundo, o mercado global de crédito e o ouro.
Além disso, a Ark Invest considera que "os fundamentos do bitcoin estão mais fortes agora" que em anos anteriores. Métricas como capitalização de mercado, oferta, endereços e capacidade de processamento da rede atingiram em 2022 os maiores valores da série histórica, mostrando a consolidação da rede.
O relatório aponta que os investidores da criptomoeda se tornaram mais focados no longo prazo na comparação com anos anteriores, com o número de detentores não variando por seis meses. Ao fim de 2022, o número de detentores de longo prazo, que não costumam realizar muitas movimentações com o ativo, detinham 71% de toda a oferta disponível da criptomoeda.
A Ark Invest também apontou outro dado positivo para o bitcoin atingido em 2022: o valor recorde da chamada hash rate. O termo se refere ao número de computações por segundo realizadas por mineradores e que também serve como uma referência para a segurança da rede. Além de crescer por 12 anos consecutivos, ela chegou ao maior nível ano passado, indicando o fortalecimento e popularidade da rede.
Outro elemento bem-visto pela gestora foi o aumento da adesão à criptomoeda por parte de grandes empresas do mercado, caso da BlackRock, BNY Mellon, Eaglebrook Advisors e Fidelity.
Os analistas da Ark Invest apontaram ainda três cenários possíveis para o comportamento do bitcoin até 2030. O primeiro, e mais otimista, foi apelidado de "cenário do touro" e veria o bitcoin atingir US$ 1,48 milhão. O segundo, mais pessimista, é o o "cenário do urso", que veria a criptomoeda atingir US$ 258,5 mil. E o terceiro, "cenário de base", envolve o ativo na casa dos US$ 682,8 mil.
O principal caso de uso que sustentaria esse crescimento é o uso do bitcoin como um "ouro digital", ou seja, uma reserva de valor. Quanto maior for esse uso, mais a criptomoeda tende a valorizar. Outros cenários de destaque no relatório são o uso para envio de remessas internacionais e como moeda de mercados emergentes.
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