Logotipo da gestora BlackRock em um prédio de Nova York (Shannon Stapleton/Reuters)
Redação Exame
Publicado em 3 de maio de 2024 às 09h34.
A BlackRock, maior gestora de ativos do mundo, lançou em janeiro deste ano um fundo negociado em bolsa (ETF) de bitcoin à vista nos EUA. Agora, poucos meses depois do lançamento – estrondoso – do IBIT, que acumula mais de US$ 17 bilhões em bitcoin sob gestão, um executivo diz que fundos soberanos, pensões, seguradoras, family offices e outros protagonistas clássicos das finanças tradicionais podem aderir aos ETFs de bitcoin.
De acordo com Robert Mitchnick, head de ativos digitais da BlackRock, fundos soberanos, fundos de pensão e family offices podem começar a negociar ETFs de bitcoin à vista nos próximos meses nos EUA. Ele afirmou ao CoinDesk que a BlackRock está vendo “um reinício da discussão sobre bitcoin” que gira em torno do tópico de alocação em bitcoin do ponto de vista da construção de portfólio.
“Muitas destas empresas interessadas – quer estejamos a falar de pensões, dotações, fundos soberanos, seguradoras, outros gestores de ativos, escritórios familiares – estão fazendo diligências contínuas e conversas de investigação, e estamos a desempenhar um papel do ponto de vista da educação, — disse Mitchnick. E o interesse não é novo: a BlackRock tem falado sobre bitcoin para esse tipo de instituição há vários anos, disse ele.
No momento, alguns consultores de investimento registados (RIA) já estão oferecendo o ETF IBIT da BlackRock, mas apenas de forma não solicitada. A gigante do mercado financeiro agora espera que o próximo passo seja a oferta irrestrita de ETFs de bitcoin a clientes de grandes empresas de consultoria patrimonial.
A entrada da BlackRock, que possui cerca de US$ 10 trilhões de ativos sob gestão, no mercado de ETFs de bitcoin à vista foi um grande marco para o setor dos criptoativos. O lançamento do IBIT e outros ETFs similares foi um dos fatores que impulsionou a alta do bitcoin para uma nova máxima histórica no início do ano. Larry Fink, CEO da gestora, classificou o bitcoin como o “ouro digital”.
Além da BlackRock, outros gigantes do mercado financeiro já apostam na nova classe de ativos, como Fidelity e JPMorgan. No Brasil, BTG Pactual, Itaú e Nubank também oferecem serviços envolvendo criptomoedas.
Ao CoinDesk, Robert Mitchnick, head de ativos digitais da BlackRock, disse estar otimista com o futuro dos ETFs de bitcoin à vista nos EUA, mesmo após primeira quebra nas entradas depois de 71 dias consecutivos.
Segundo ele, existem investidores que preferem ter exposição ao bitcoin de forma facilitada através dos ETFs ao invés de ter que se preocupar com a custódia e a declaração em imposto de renda ao investir diretamente em bitcoin através de uma corretora.
“Quando pensamos neste espaço, vemos o potencial dos ativos digitais para beneficiar nossos clientes e mercados de capitais, com foco em três áreas: criptoativos, stablecoins e tokenização. E esses pilares estão todos inter-relacionados. Isso é algo muito importante para as pessoas entenderem. E o trabalho que fazemos em cada um deles informa nossa estratégia e nossos insights para os outros”, concluiu Mitchnick.
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