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Fundo de Venture Capital americano investe R$ 17 milhões em fintech brasileira de cripto

Aporte sinaliza atenções internacionais voltadas para o mercado brasileiro de blockchain e criptomoedas

Mariana Maria Silva
Mariana Maria Silva

Repórter do Future of Money

Publicado em 4 de dezembro de 2024 às 14h00.

Última atualização em 4 de dezembro de 2024 às 14h55.

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A Bipa anunciou nesta quarta-feira, 4, com exclusividade à EXAME, o recebimento de um aporte de US$ 3 milhões da Ego Death Capital (EDC), um dos principais fundos de venture capital de bitcoin dos Estados Unidos. Com o valor equivalente a quase R$ 17 milhões, a fintech brasileira de cripto pretende ampliar sua base de usuários e consolidar o bitcoin como alternativa financeira segura e acessível no Brasil.

"Nosso objetivo é transformar a maneira como os brasileiros lidam com suas finanças, proporcionando mais segurança e independência em um cenário econômico volátil", explica Luiz Parreira, CEO e fundador da Bipa.

"A parceria com a EDC possibilitará a implementação de projetos estratégicos para este próximo ciclo e contribuir com esforços de expansão da base de usuários, levando mais liberdade e autonomia econômica aos brasileiros," complementou Guilherme Kenworthy, CFO, em um comunicado de imprensa.

A Ego Death Capital é um fundo de venture capital focado em investimentos em startups focadas em bitcoin. A carteira digital da Bipa integra além do bitcoin, a stablecoin USDT e o real.

O investimento foi feito por meio de uma rodada seed que também contou com a participação de Initial Capital, Fulgur, Timechain, Stillmark e Oikos, um family office brasileiro.

Desde sua fundação, a Bipa já captou um total de US$ 4,8 milhões em investimentos, incluindo um aporte inicial de US$ 1,6 milhão em agosto de 2022.

Foco em bitcoin

De acordo com a própria empresa, a Bipa foi fundada com o objetivo de enfrentar alguns dos maiores desafios econômicos do Brasil – a inflação, desigualdade econômica e a falta de educação financeira da população.

“É muito difícil para a população enxergar como as moedas fiduciárias são mal gerenciadas pelos governos afora e como isso afeta a piora da qualidade de vida das pessoas hoje em dia. E eu vejo que o bitcoin é uma possibilidade, uma alternativa que as pessoas têm. Não necessariamente vai resolver todos os problemas da vida da pessoa, mas é uma alternativa para ela ter a opção de colocar o dinheiro dela em algo mais escasso, que protege, que valoriza ao longo do tempo, ao longo de cinco, dez, 15 anos, dar mais poder de compra para ela do que retirar”, disse Luiz Parreira, CEO e fundador da Bipa.

“Sinceramente você não vai ficar multimilionário, hiper mega rico com bitcoin, mas você vai ganhar mais poder de compra do que retirar, que é o contrário que acontece quando você deixa o seu dinheiro só em real ou dólar. E por isso que eu acho que a tese do bitcoin definitivamente é muito importante. A gente vive num mundo de abundância digital, de abundância de dinheiro para quem tem acesso a ele. E quem paga o preço é todo o resto da população que não tem acesso a essa abundância. Então a única maneira que você consegue brigar com isso é achando algo que é escasso e suficiente para você segurar e atrelar aquilo ao seu dinheiro”, acrescentou o executivo, em entrevista exclusiva à EXAME.

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