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Fundo de R$ 183 bilhões ligado a criptomoedas quer ampliar investimentos no Brasil

Conhecido como a16z, fundo anunciou plano de investir US$ 4,5 bilhões em startups de criptomoedas e tecnologia blockchain

Portfólio de fundo ligado a criptomoedas na região já conta com 19 empresas, incluindo unicórnios como a brasileira Loft (Justin Tallis/Getty Images)

Portfólio de fundo ligado a criptomoedas na região já conta com 19 empresas, incluindo unicórnios como a brasileira Loft (Justin Tallis/Getty Images)

Cointelegraph Brasil

Cointelegraph Brasil

Publicado em 31 de outubro de 2022 às 14h01.

Última atualização em 31 de outubro de 2022 às 14h49.

O Andreessen Horowitz (a16z), um dos principais fundos de capital de risco dedicado ao ecossistema de criptomoedas, Web3 e tecnologia blockchain, pretende ampliar seus investimentos na América Latina, segundo reportagem publicada pelo NeoFeed. Atualmente, ele tem US$ 35 bilhões (R$ 183 bilhões, na cotação atual) de ativos sob gestão.

Segundo fontes ouvidas pela reportagem, o fundo de capital de risco comandado por Marc Andreessen e Ben Horowitz estaria atento a oportunidades de investimento em startups dos setores de fintechs e healthtechs latino-americanas em estágio inicial de desenvolvimento.

Os aportes podem variar de US$ 1 milhão a US$ 5 milhões, mas não há um limite máximo definido. O valor total a ser destinado às empresas dependerá do potencial vislumbrado pela gestora nas oportunidades de negócios.

O portfólio do a16z na região já conta com 19 empresas, incluindo unicórnios como a brasileira Loft, a colombiana Rappi e a corretora de criptomoedas mexicana Bitso, assim como startups nascentes, caso de NG.Cash, Addi e Inventa.

(Mynt)

Executivos do a16z estiveram no Brasil na semana passada e participaram de encontros e reuniões com fundos de investimento locais e empreendedores, incluindo uma recepção na sede do BTG Pactual, em São Paulo, e um evento organizado pela Latitud, um hub de empreendedorismo que promove conexões entre empreendedores e investidores.

A sinergia entre a Andreessen Horowitz e os fundos de investimento locais faz parte da estratégia de investimento da gestora na região. O BTG Pactual já intermediou a captação de recursos do a16z com investidores brasileiros no passado.

De acordo com um participante do evento, as complexidades do cenário geopolítico atual favorecem a região, visto que a Rússia deixou de ser um mercado viável após a invasão à Ucrânia, a China impõe severas restrições ao capital estrangeiro e a Índia tem algumas barreiras culturais que provocam receios nos investidores. "Sobram o Brasil e o México", afirmou a fonte ouvida pela reportagem, que preferiu não se identificar.

Investimentos no Brasil

Entre as empresas que recentemente receberam aportes do a16z há as brasileiras Latitud e Inventa, um marketplace voltado para o setor de cadeia de suprimentos, com foco no abastecimento de estoque de pequenos lojistas.

A primeira recebeu um aporte de US$ 11,5 milhões em uma rodada de financiamento semente realizada em março. A segunda recebeu R$ 115 milhões em janeiro deste ano. A fintech NG.Cash também faz parte da lista.

Este mês, o a16z publicou um artigo dedicado ao florescente ecossistema brasileiro de fintechs, citando diversos avanços promovidos por iniciativas governamentais, desde a criação e a implementação do Pix, passando pelo Open Banking e a abertura do mercado de soluções de pagamento até elogios à modernização e a eficiência do marco regulatório do setor.

A conclusão do texto do fundo é que "o futuro das fintechs brasileiras será brilhante".

Segundo as autores, "a modernização contínua do regime regulatório e a ânsia dos empresários brasileiros em criar produtos e serviços atraentes para consumidores e empresas tornam o Brasil um lugar interessante para se estar. Se você está construindo a próxima grande empresa de fintech, com base nessas tendências ou nas próximas inovações, adoraríamos nos conectar".

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