Estátua de Satoshi Nakamoto inaugurada na Hundria em setembro de 2021 (Janos Kummer/Getty Images)
Cointelegraph Brasil
Publicado em 22 de outubro de 2021 às 12h09.
Última atualização em 22 de outubro de 2021 às 13h04.
O cofundador do PayPal e especulador bilionário Peter Thiel acredita ter pistas sobre como a identidade real de Satoshi Nakamoto, criador do Bitcoin, que desapareceu dois anos após a mineração do bloco de gênese da criptomoeda em janeiro de 2009.
Sua teoria tem origem em uma reunião dos fundadores do E-Gold, em fevereiro de 2000, quando cerca de 200 pessoas se encontraram em uma praia em Anguilla, no Caribe, para traçar uma estratégia para promover um novo sistema monetário que pudesse desafiar os bancos centrais. O E-Gold foi uma moeda digital lastreada no ouro que saiu de cena em 2007, depois que seus fundadores foram indiciados pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
“Eu os conheci na praia de Anguilla em fevereiro de 2000”, disse Thiel em uma conferência sobre criptomoedas em Miami na quarta-feira, 20, referindo-se aos fundadores do E-Gold. “Meu tipo de teoria sobre a identidade de Satoshi era que ele estava naquela praia em Anguila.” E explicou: “Estávamos começando a revolução contra os bancos centrais na praia de Anguila. Íamos tornar o PayPal interoperável com o E-Gold e explodir todos os bancos centrais”.
O fracasso do E-Gold pode ter dado a Satoshi a ideia de permanecer anônimo ao construir seu sucessor. “Bitcoin era a resposta ao E-Gold, e Satoshi aprendeu que era preciso ser anônimo e não ter uma empresa”, disse Thiel.
Mas nem todo mundo está convencido de que Nakamoto estava por trás dos protocolos de moedas digitais anteriores ao bitcoin. Dustin D. Trammell, um dos primeiros cypherpunks a minerar bitcoin, disse em março que Nakamoto não tinha preconceito sobre a implementação de novas tecnologias, o que implica que eles estavam abordando o projeto sob uma nova perspectiva.
O documento de criação do bitcoin escrito por Nakamoto em 2008 deu origem à uma indústria de criptomoedas que atualmente vale trilhões de dólares, com dezenas de milhares de ativos digitais competindo por um pedaço do bolo. Atualmente, o bitcoin vive uma semana agitada, depois de quebrar seu recorde de preço, acima de US$ 66.000, na última quarta-feira, e cair 7,5% desde então.
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