Repórter do Future of Money
Publicado em 18 de fevereiro de 2025 às 18h12.
Última atualização em 18 de fevereiro de 2025 às 18h34.
A corretora de criptomoedas FTX iniciou nesta terça-feira, 18, os pagamentos para seus antigos clientes prejudicados pela falência da exchange. Em novembro de 2022, a FTX era a segunda maior corretora do mercado, mas acabou entrando em colapso, deixando milhares de usuários sem os seus fundos.
De acordo com a empresa, os pagamentos ocorrerão em fases. A primeira parte envolve o ressarcimento para investidores que tinham menos de US$ 50 mil em sua conta na exchange. Eles receberão o valor no momento da quebra e um adicional de 9% em juros.
Os pagamentos estão sendo realizados por meio da corretora Kraken e da empresa cripto BitGo. Para ter direito ao valor, é necessário se cadastrar e informar os dados da conta na FTX e da conta para envio do dinheiro por meio de um site lançado pela exchange.
A expectativa é que os pagamentos para o grupo de clientes com menos de US$ 50 mil em conta superem o US$ 1,2 bilhão ao longo dos próximos meses, segundo a empresa cripto Arkham Intel. Já os clientes com mais de US$ 50 mil serão ressarcidos no segundo trimestre deste ano.
O plano de ressarcimento foi aprovado pela Justiça dos Estados Unidos em outubro de 2024, mas tem sido criticado pelos antigos clientes da corretora falida. O principal motivo é a decisão da exchange de realizar os pagamentos em dinheiro, e não nas unidades das criptomoedas que cada investidor tinha.
A opção por ressarcir o valor que os clientes tinham na exchange no momento da quebra desconsidera a valorização das criptomoedas dos clientes nesses últimos dois anos, marcados por um ciclo de alta no mercado.
O bitcoin, por exemplo, estava abaixo dos US$ 20 mil quando a falência ocorreu e hoje ronda os US$ 100 mil. Pelo plano, um cliente não receberia as unidades de bitcoin com esse preço, mas sim o valor de US$ 20 mil por unidade.
A falência da FTX representou exatamente o ponto mais baixo do preço de diversas criptomoedas no último ciclo do mercado, ou seja, os investidores teriam um lucro muito maior se recebessem as unidades dos ativos ao invés do valor em dólar naquele momento.
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