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Fidelity: governos e bancos centrais vão começar a comprar bitcoin em 2025

Gestora acredita que uso da criptomoeda como reserva de valor vai crescer ao longo do ano e chegar a novos países

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 8 de janeiro de 2025 às 15h57.

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A gestora Fidelity, uma das maiores do mercado financeiro, divulgou um relatório na última terça-feira, 7, em que afirma que governos e bancos centrais de diversos países ao redor do mundo poderão adotar o bitcoin como uma reserva de valor ao longo do ano de 2025.

No relatório, analistas da empresa afirmam que "nós esperamos que mais países, bancos centrais, fundos soberanos e tesouros de governos vão cogitar estabelecer posições estratégicas em bitcoin", resultando em possíveis investimentos na maior criptomoeda do mundo.

A visão da Fidelity é que o cenário macroeconômico global adverso favoreceria esse movimento. A empresa destaca uma combinação de inflação em alta em diversos países,  déficits fiscais crescentes e desvalorizações de moedas fiduciárias como desafios para as nações.

Nesse sentido, o argumento da gestora é que "não criar uma alocação em bitcoin poderá ser mais arriscado que criar". O ativo tem sido cada vez mais defendido e usado como uma reserva de valor, semelhante ao ouro, o que gerou propostas de adoção por países com esse objetivo.

O caso mais famoso é o dos Estados Unidos, que poderão discutir a criação de uma reserva estratégica de bitcoin com a vitória de Donald Trump nas eleições de 2024. O presidente eleito já disse ser favorável à proposta, e há um projeto de lei com esse objetivo que o Congresso poderá analisar.

A Fidelity pontuou que ainda será preciso aguardar para ver se os Estados Unidos realmente transformarão o discurso em prática. Mas, caso a proposta seja aprovada, ela "forçaria outros países a seguirem" o governo norte-americano e também começar a comprar a criptomoeda.

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Nesse caso, a Fidelity acredita que uma adoção começaria de forma discreta, com compras pequenas e espaçadas, dificultando a identificação do início de criação dessas reservas estratégicas. O motivo, explica, seria evitar influenciar investidores ou o preço do ativo.

A expectativa de analistas é que, quando essas políticas se tornarem públicas, o bitcoin tenha uma forte valorização, refletindo a expectativa de forte demanda pelo ativo e sua oferta limitada, um cenário favorável para ganhos significativos.

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