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Falsos policiais roubam R$ 1,4 milhão em criptomoedas com golpe na Ucrânia

Criminosos fingiram que eram autoridades e ameaçaram empresário com punições caso ele nos os pagasse com uma criptomoeda

Golpes exigem atenção no mercado cripto (Reprodução/Reprodução)

Golpes exigem atenção no mercado cripto (Reprodução/Reprodução)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 3 de setembro de 2024 às 15h11.

Um grupo de criminosos conseguiu roubar US$ 250 mil (R$ 1,4 milhão, na cotação atual) em criptomoedas após enganarem um empresário na Ucrânia. Segundo as autoridades do país, o grupo convenceu a vítima de que eram policiais do país e exigiram a quantia para evitar que ele sofresse falsas punições por uma acusação sem fundamentos.

Em um comunicado, a Polícia Nacional da Ucrânia explicou que os criminosos "se apresentaram como policiais e ameaçaram a vítima com uma suposta responsabilidade criminal por um crime fictício". Em seguida, eles disseram que o empresário poderia evitar as punições caso realizasse o pagamento, que foi feito por meio da stablecoin pareada ao dólar USDT.

A vítima, que é um empreendedor de 20 anos, relatou o caso para as autoridades em maio deste ano. Com a investigação, a verdadeira polícia ucraniana identificou quatro criminosos que teriam cometido o crime. Eles acusaram o empresário de uma falsa cooperação com a Rússia, que está em guerra contra a Ucrânia desde 2022.

"Eles ameaçaram o homem com uma longa pena de prisão por um caso forjado de traição, se oferecendo para 'resolver a questão' por US$ 250 mil", explicou o comunicado. "No mesmo dia, os invasores lavaram os fundos apropriados por meio de um dos serviços de uma corretora de criptomoedas", destacou.

Criminosos já foram presos

Ainda segundo a polícia da Ucrânia, os criminosos moram na região de Kiev, a capital do país, e já foram detidos em uma operação. Agora, eles podem ser condenados a até 12 anos de prisão. As autoridades afirmam que também conseguiram rastrear as transferências das criptomoedas, reunindo as evidências contra os criminosos.

Na operação policial, foram apreendidos cartões bancários, computadores, celulares, automóveis, identidades falsas e um total de US$ 7 mil em dinheiro. Além da pena de prisão, a expectativa das autoridades é que os criminosos também tenham os seus bens confiscados.

Apesar disso, as autoridades não informaram se conseguiram obter a quantia de criptomoedas de volta ou se a vítima do golpe já foi ressarcida. Apesar de ser possível rastrear movimentações nas redes blockchain, a transferência dos ativos dependeria de uma ação dos próprios criminosos, que controlam a carteira digital em que os ativos estão armazenados.

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