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EUA e G7 anunciam inclusão de criptomoedas em novas sanções contra Rússia

Em um comunicado conjunto, a Casa Branca e os governos dos 7 países mais industrializados do mundo anunciaram a elaboração de novas sanções econômicas à Rússia, incluindo as criptomoedas pela primeira vez

Casa Branca se posiciona sobre o uso de criptomoedas pela Rússia para driblar sanções (ANDREW CABALLERO-REYNOLDS/AFP/Getty Images)

Casa Branca se posiciona sobre o uso de criptomoedas pela Rússia para driblar sanções (ANDREW CABALLERO-REYNOLDS/AFP/Getty Images)

A Casa Branca e o G7 anunciaram a elaboração de novas sanções contra a Rússia nesta sexta-feira, 11. Pela primeira vez, elas incluirão orientações específicas sobre as criptomoedas, ativos que, até então, haviam permanecido de fora das sanções atuais, gerando discussões a cerca da possibilidade de seu uso pelo governo russo para driblar as consequências econômicas negativas de sua invasão à Ucrânia.

A questão chamou a atenção de nomes como a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, e o Ministro da Economia da França, Bruno LeMaire. A ex-secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, chegou a pedir que o presidente Joe Biden impedisse a negociação de criptomoedas por parte do governo russo.

Agora, o anúncio da Casa Branca parece querer reiterar às empresas de criptomoedas que elas também devem cumprir as sanções econômicas. “O Departamento do Tesouro dos EUA, por meio de novas orientações, continuará deixando claro que suas ações expansivas contra a Rússia exigem que todos os norte-americanos cumpram os regulamentos de sanções, independentemente de uma transação ser em moeda fiduciária tradicional ou moeda virtual”, determina o documento, acrescentando que "o Tesouro está monitorando de perto quaisquer esforços para contornar ou violar as sanções relacionadas à Rússia, inclusive por meio do uso de moeda virtual, e está comprometido em usar suas amplas autoridades de fiscalização para agir contra violações e promover a conformidade".

Após o presidente Joe Biden assinar o decreto que promove a regulação do setor de criptoativos nos EUA, uma reunião entre funcionários de alto escalão da Casa Branca chegou a comentar o caso da Rússia, priorizando a segurança nacional do país. “O governo continuará a combater agressivamente o uso indevido de criptomoedas, incluindo o uso dela para evitar sanções dos EUA. E essa postura se aplica igualmente à crise entre Rússia e Ucrânia, assim como a qualquer outra nação ou regime ou ator não estatal que busque minar a segurança nacional dos EUA”, dizia um trecho da ata da reunião, divulgada na última quarta-feira, 9.

Apesar dos esforços da Casa Branca e dos países do G7, especialistas acham improvável o uso das criptomoedas pelo governo russo para a evasão de sanções. Jake Chervinsky, diretor da Blockchain Association nos Estados Unidos, afirmou que as capacidades atuais do mercado de criptomoedas são “muito pequenas, caras e transparentes para serem úteis para a economia russa”.

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