Future of Money

Ethereum abandona mineração e empresas buscam outras criptomoedas para minerar com equipamento

Mineração deixará de ser possível na rede Ethereum nos próximos dias, quando atualização for concluída; empresas buscam outras finalidades para fugir do prejuízo com equipamento específico

Mineração de criptomoedas exige equipamento específico chamado GPU (Akos Stiller/Bloomberg/Getty Images)

Mineração de criptomoedas exige equipamento específico chamado GPU (Akos Stiller/Bloomberg/Getty Images)

Nesta terça-feira, 6, a Ethereum deu início a uma importante atualização que mudará o mecanismo de validação de suas transações, abandonando completamente a mineração. Por conta disso, empresas como a Hive Blockchain buscam outras finalidades para o equipamento que utilizavam para realizar o serviço.

A empresa, especializada na mineração de bitcoin e ether, a criptomoeda nativa da rede Ethereum, anunciou estar testando a utilização do equipamento na mineração de outras criptomoedas.

(Mynt/Divulgação)

Na mineração de ether são utilizadas unidades de processamento gráfico conhecidas como GPUs. A Hive Blockchain estaria implementando testes beta nesta semana para garantir uma função para o equipamento assim que a Ethereum pare de funcionar com a mineração, o que está previsto para os próximos 15 dias, aproximadamente.

Em sua publicação mensal desta terça-feira, 6, a Hive Blockchain anunciou estar “bem preparada” para a mudança no segundo maior blockchain do mundo. Além disso, haveriam planos para a implementação de computação em nuvem.

“A equipe técnica da empresa está implementando uma estratégia para otimizar a economia de hashrate da capacidade de mineração de 6,5 Terahash of Ethereum no caso de transição da Ethereum para Proof of Stake, em várias outras moedas mineráveis por GPU”, afirmou a publicação.

A mineração de criptomoedas com GPU representa 16% (ou 21,5 megawatts) da capacidade total de energia da empresa. No entanto, a maior parte de seu poder é usada para minerar bitcoin.

A Hive Blockchain ainda afirmou que no atual cenário "competitivo", apenas mineradores com o menor custo de energia e GPUs mais eficientes prevalecerão. Com seu custo de US$ 0,03 por quilowatt-hora, a empresa acredita que está "bem posicionada para navegar no mercado à frente", após a atualização da Ethereum.

Caso sua primeira opção não dê certo, a empresa pretende realocar a energia reservada para a mineração de ether para intensificar o mesmo processo feito para o bitcoin. Caso o fizesse, a Hive Blockchain afirma que seria capaz de adicionar 0,4 a 0,4 exahashes por segundo (EH/s) ao seu hashrate de mineração de bitcoin de 2,3 EH/s.

Outra empresa especializada na mineração de criptomoedas busca realocar equipamento especializado em Ethereum. A Hut 8 anunciou que utilizará 180 GPUs que atualmente mineram ether para “rodar sob demanda” garantindo o fornecimento de inteligência artificial, aprendizado de máquina ou serviços de renderização de efeitos visuais para clientes.

Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | Twitter | YouTube | Telegram | Tik Tok  

Acompanhe tudo sobre:CriptomoedasEthereum

Mais de Future of Money

ETF de bitcoin da BlackRock já é maior que os 2,8 mil ETFs lançados nos últimos 10 anos

Bilionários do bitcoin lucram R$ 46,2 bilhões em uma semana com disparada após eleição de Trump

Bitcoin pode chegar a US$ 500 mil e "está só no início", projeta gestora

FBI inspeciona casa de fundador do Polymarket e apreende celular e outros eletrônicos