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ETFs de bitcoin perdem R$ 2,8 bilhões e acumulam 3 dias seguidos no negativo

Grupo de ETFs de bitcoin começaram mês de fevereiro com desempenho abaixo da média, refletindo lateralidade do ativo

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 13 de fevereiro de 2025 às 10h39.

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O grupo de ETFs de bitcoin negociados nas bolsas dos Estados Unidos chegam nesta quinta-feira, 13, com um acúmulo de três dias consecutivos de saldo negativo. Ao todo, os fundos registraram US$ 494 milhões (R$ 2,8 bilhões, na cotação atual) em vendas entre a segunda-feira, 10, e a quarta-feira, 12.

Dados da plataforma Farside indicam que o pior dia até o momento para os ETFs foi a quarta-feira, com o grupo de 11 fundos registrando US$ 251 milhões (R$ 1,4 bilhão, na cotação atual) em perdas. Apenas o IBIT, ETF da BlackRock, teve um saldo negativo de US$ 22,1 milhões.

Entretanto, o líder no dia foi o ETF de bitcoin da Fidelity, que acumulou US$ 102 milhões em perdas. Os saques de investidores ocorrem em meio a um volume baixo para o grupo de fundos da criptomoeda, com um desempenho aquém do observado nos últimos meses de 2024 e em janeiro.

Na última quarta-feira, o grupo de ETFs teve US$ 2,58 bilhões em volume negociado, com o ETF da BlackRock registrando menos de US$ 2 bilhões e se posicionando como o décimo mais negociado entre todos os ETFs dos Estados Unidos. Em geral, ele costuma ocupar as cinco primeiras posições.

O desempenho negativo dos fundos reflete um momento de alternância entre lateralidade e quedas por parte do bitcoin. A maior criptomoeda do mercado tem tido dificuldade para manter os US$ 100 mil. Atualmente, ela é negociada em cerca de US$ 96 mil, acumulando uma queda de 0,6% nas últimas 24 horas, segundo o CoinGecko.

O ativo tem sido prejudicado principalmente pela atenção dos investidores em relação ao Federal Reserve. Dados da economia norte-americana tem apoiado a tese de que a autarquia não irá realizar novos cortes de juros, criando um cenário que prejudica ativos de risco, incluindo as criptomoedas.

"Havia certa esperança por parte do mercado de que a inflação norte-americana poderia vir abaixo do esperado e dar uma trégua sobre a pressão do tarifaço de Trump. Porém, o indicador veio acima do previsto, colocando pressão em praticamente todos os mercados", pontua Beto Fernandes, analista da Foxbit.

Ao mesmo tempo, o mercado segue atento a possíveis medidas do governo Trump que sejam favoráveis ao bitcoin. Até o momento, investidores têm mostrado frustração com o início da administração, indicando que havia a expectativa de mais medidas voltadas ao mercado cripto.

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