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Estudo aponta que 95% dos NFTs não têm valor e gera polêmica: ‘totalmente inúteis’

Depois do frenesi, interesse por NFTs despenca e veículo de mídia os considera “inúteis”; potencial ainda pode ser explorado em outros mercados

 (Getty Images/Reprodução)

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Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 21 de setembro de 2023 às 16h25.

Última atualização em 21 de setembro de 2023 às 17h19.

Um estudo recente da dappGambl, uma comunidade de especialistas em finanças e tecnologia blockchain, apontou que 95% dos NFTs disponíveis no mercado nâo têm valor. Depois de um grande frenesi por este tipo de ativo digital entre 2021 e 2022 que chamou atenção até de Neymar e Madonna, o interesse de investidores despencou, fazendo com que a revista "Rolling Stone" gerasse polêmica ao defini-los como “totalmente inúteis”.

Chamado de “NFTs mortos: o cenário em evolução do mercado de NFTs”, o relatório fez a análise de 73.257 coleções de NFTs. As descobertas dos especialistas foram que 69.795 deles têm valor de mercado de zero ether, a criptomoeda nativa da rede Ethereum.

Embora ainda existam no mercado coleções que mesmo com a queda expressiva ainda possuam valores altos de mercado, menos de 1% dos NFTs estudados do relatório estão cotados a mais de US$ 6 mil, segundo o dappGambl.

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Nos últimos anos, muitas pessoas – incluindo famosos – compraram NFTs. O relatório aponta que cerca de 23 milhões de investidores possuem os tokens das coleções analisadas, por exemplo.

A explicação para a queda repentina no interesse de investidores em NFTs pode ser a falta de casos de uso, disseram os especialistas. “Os projetos que carecem de casos de utilização claros, narrativas convincentes ou valor artístico genuíno têm cada vez mais dificuldade em atrair a atenção e as vendas”.

Os NFTs realmente morreram?

Apesar disso, muitos especialistas em NFTs e startups do setor mencionam o foco na utilidade de seus tokens e o seu potencial para campanhas de marketing com benefícios. Isso pode salvar o mercado, segundo o relatório da dappGambl, citando o uso de NFTs para ingressos de eventos e como itens virtuais de videogames.

Na avaliação de Caio Barbosa, CEO da Lumx Studios, responsável pelos NFTs da Reserva, Meta, Coca-Cola, entre outros, quando um token oferece benefícios e experiências concretas, ele se torna mais interessante aos investidores.

No entanto, em um mercado em constante evolução, projetos promissores nem sempre têm sucesso, enquanto outros com menor potencial conseguem se destacar. Por isso, hoje em dia, a sensação de pertencimento e o envolvimento dos usuários são fatores fundamentais para impulsionar o sucesso dos tokens.

“Não necessariamente ter uma utilidade faz com que um NFT seja valorizado ao longo do tempo. Isso é meio louco de entender quando falamos com uma galera que não é do meio. Por exemplo um NFT da Reserva, você fazia uma conta e percebia que valia muito a pena ter o token. Mas temos outros projetos que são apenas narrativas”, explicou ele durante sua participação no Podcast do Future of Money.

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“Então ainda tem essas nuances em Web3, não necessariamente um projeto bom acaba sendo o mais valorizado, por exemplo as criptomoedas-meme, a galera compra por conta da narrativa. É meio contraditório mas é assim que funciona”, acrescentou.

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