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Estrategista do Itaú Asset afirma que R$ 1,5 trilhão em investimentos pode migrar para o bitcoin

Executivo aponta ainda que há estimativas indicando que essa aprovação tem capacidade de atrair mais de R$ 1,5 trilhão à medida que o ativo começaria a ser facilmente negociado no mercado mais líquido do mundo

 (Reprodução/Reprodução)

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Cointelegraph
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Agência de notícias

Publicado em 16 de janeiro de 2024 às 10h30.

Assim que a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) aprovou o primeiro ETF à vista de bitcoin do país, diversos especialistas em todo o mundo comemoraram a decisão, destacando que ela abriu um novo caminho para o bitcoin como uma classe de ativo global e regulamentada.

No entanto, ao invés do preço subir logo após a aprovação do ETF, ele despencou para US$ 41 mil, como resultado direto de detentores de curto prazo realizando substanciais lucros em relação ao preço médio de compra, que estava em torno de US$ 38 mil.

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Segundo uma análise da Bitfinex, outras correções como esta ainda deve ocorrer no primeiro semestre deste ano.

"No entanto, apesar dessa pressão de venda, identificamos diversos fatores que continuam a mostrar um suporte para o preço do bitcoin. Em primeiro lugar, houve um aumento significativo de stablecoins ERC-20 nas exchanges, sinalizando uma especulação de mercado elevada e confiança dos investidores. Historicamente, uma expansão de stablecoins leva a um aumento nas compras", disse.

Em segundo lugar, segundo a empresa, o contrato futuro de bitcoin CME continua a registrar altos níveis de interesse aberto, atingindo uma nova alta no ano até o momento logo antes das aprovações dos ETFs e permanecendo em patamares elevados mesmo após o evento. Isso sugere que o interesse de investidores sofisticados em bitcoin continua, embora seja por meio de instrumentos derivativos e não detenções diretas.

"Um terceiro suporte é que os detentores de longo prazo permanecem firmes em suas posições, destacando um mercado resiliente, embora suscetível à volatilidade de curto prazo", destacou.

Bitcoin e seu potencial de investimento

Para Renato Eid Tucci, superintendente de estratégias indexadas e investimento responsável da Itaú Asset, o movimento do preço do bitcoin no curto prazo é menos importante quando analisamos o impacto da aprovação do ETF à vista. O mais importante é que ele destaca o potencial do bitcoin como ativo de investimento.

"Quando refletimos sobre nossos investimentos mirando o médio/longo prazo, o papel do bitcoin vem sendo reforçado pela diversificação, escassez, maior usabilidade, ecossistema mais robusto, queda da volatilidade e sua descorrelação em comparação com os ativos de risco tradicionais. Assim, mais importante do que nos fixarmos às oscilações de preço no curto prazo é o benefício que essa classe de ativos pode gerar nos portfolios de investimentos", disse.

Segundo Tucci, embora produtos de ETF à vista de bitcoin já tenham sido aprovados em diversos lugares do mundo, como no Brasil, a aprovação pela SEC, o regulador do maior mercado de investimento do mundo, chancela esse produto e traz ainda maior segurança sobre essa forma de se investir em bitcoin.

Além disso, ele aponta que a aprovação do ETF resolve o que antes representava um desafio bem maior: a necessidade de uma carteira com senha criptografada para armazenamento de tokens.

"Outro pilar importante sobre essa aprovação se dá pelo fato de possibilitar um maior número de investidores acessarem o bitcoin. Parte considerável dos investidores institucionais já vinha aumentando seu interesse pelos ativos digitais, reforçando a tendência pela crescente utilização desta classe de ativos nos portfólios tradicionais de grandes alocadores de recursos. A chancela do regulador traz conforto para toda uma indústria utilizar bitcoin em seus portfolios de forma regulada", afirmou.

O executivo aponta ainda que há estimativas indicando que essa aprovação tem capacidade de atrair mais de R$ 1,5 trilhão à medida que o ativo começaria a ser facilmente negociado no mercado mais líquido do mundo, com expectativa de preço em torno de US$ 65.000 para o final de 2024.

"O bitcoin já é a criptomoeda mais consolidada, pois detém em torno de 50% da capitalização do mercado de moedas digitais: o volume negociado superou as expectativas pois foram mais de US$ 4,6 bilhões operados no primeiro dia de listagem dos ETFs", disse.

Ainda segundo ele, olhando para frente, importante destacar o acontecimento do chamado halving, quando a remuneração pela atividade de mineração, ou seja, pela oferta de novas moedas, é reduzida.

"Isso ocorre justamente para sustentar a característica de escassez", finaliza.

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