Future of Money

Especialistas mostram otimismo para o futuro das fintechs no Brasil

No quarto debate do Future of Money, especialistas mostram otimismo com o ecossistema das fintechs no país

 (MR.Cole_Photographer/Getty Images)

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Gabriel Rubinsteinn

Publicado em 23 de outubro de 2020 às 14h29.

Última atualização em 23 de outubro de 2020 às 20h28.

As fintechs foram tema do quarto painel do Future of Money, evento promovido pela EXAME para debater o futuro do dinheiro com especialistas no assunto. Na noite da quinta-feira, 22, os convidados para a conversa falaram sobre o que esperam para o futuro deste mercado — e também sobre o eventual risco de "bolha" dentro desse ecossistema.

"O ecossistema no Brasil é bastante grande, e ele retroalimenta todo o setor de startups. Se você somar o market cap desse setor no país — Nubank, Banco Inter, PicPay, Stone, PagSeguro, Mercado Livre, Magazine Luiza, Via Varejo, todos esses que entraram com foco em tecnologia —, ele passa fácil dos 100 bilhões de dólares. E este é um fenômeno recente. Em 2015, quantas dessas empresas tinham relevância? Acelerou muito, e continua acelerando de forma exponencial, o que nos deixa muito otimistas com o futuro das startups no Brasil", disse André Maciel, sócio do SoftBank.

Anderson Chamon, cofundador do PicPay, usou a própria experiência para tratar do tema:

"O contexto da pandemia também impulsionou as fintechs no país. O mundo dos pagamentos sofreu um impacto muito forte. Da noite para o dia as pessoas começaram a ter medo do dinheiro de papel. Esse tipo de mudança de hábito é algo geralmente muito lento, mas desta vez foi acelerado", disse.

"O PicPay já vinha num ritmo muito forte de crescimento, mas a pandemia deu ainda mais impulso. Surfamos nessa onda, crescemos muito neste momento difícil", completou, citando que a empresa, hoje com 33 milhões de contas ativas, pretende chegar a 100 milhões apenas no mercado brasileiro.

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Questionados sobre a possível existência de uma "bolha" no segmento das fintechs, os especialistas não mostraram muita preocupação:

"O Brasil é muito grande, tem um vasto número de companhias, então é natural que num mercado que está sendo disruptado, nem todas sejam bem-sucedidas. No começo do século passado, eram 400 montadoras de automóveis nos Estados Unidos, hoje são apenas quatro", completou.

Para Frederico Pompeu, sócio do BTG Pactual e responsável pelo boostLAB, hub de startups do banco, pede uma nova forma de avaliar a questão, já que se trata de um mercado inovador:

"A bolha poderia se dar devido a valuations excessivos, e por isso é importante que a forma de avaliar essas companhias não seja o modelo tradicional, porque é algo novo", afirmou.

O cenário atual se mostra otimista para as fintechs no Brasil. Além de possuir diversos "unicórnios" (startups avaliadas em mais de 1 bilhão de dólares), o lançamento do Pix também deve impulsionar o mercado, já que tende a atrair ainda mais usuários para serviços financeiros digitais.

O Pix, aliás, junto com open banking, será tema de outro debate ao vivo como parte do Future of Money. A conversa será na próxima quinta-feira, 29, às 18 horas — para saber mais sobre a série de debates e palestras do Future of Money, cuja inscrição é gratuita, clique aqui.

Assista à íntegra do debate sobre fintechs, conduzido por Bruno Diniz, diretor para a América do Sul da FData e sócio-gerente da Spiralem, no player abaixo:

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